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Poesias-->Suíte do Ano Novo - Paixão latente -- 12/09/2002 - 20:15 (MICHEL ROSENBLAT) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Vivendo circunspeto

Estava eu quieto

Ou talvez quase assim

Evitando o mau para mim



Já é quase um ano

E despertas um vesano

Dum sono obrigado

Dever dos dignificados



Na memória posso ver-te,

Que desejo de um flerte!

A escultura úmida

Que me incita à úmbria



Quanto que te quis,

Fonte a um chafariz,

Desenhei-te cada detalhe

Esculpi com apuro cada entalhe



Já é quase um ano

E nos meus olhos insanos

Vejo a perfeição dos teus pés

Tal qual os Aloés

Estimulantes e amargos

São tão pesados fardos



As tuas lindas pernas

Aprisionam-me como teu verna

Resgato os teus joelhos

Em suave harmonia aos tornozelos





Tu és assim

Diante de mim

Um delicioso vergel

Acessível como o céu

Onde ficamos por uns instantes

Em reações mutantes

Que me furtam dos pés o solo

Sem a piedade não me consolo



Só de ver-te com teu Amo

sem direito me inflamo

irrigas ardente o meu lúmen

em cólera doída de ciúme



A realidade e o tempo

Como num sopro vento

Bradam neste repente

-Não sejas imprudente!

pois ela não é tua.

-Eu a vejo nua!

-Tolo! É a morte dissimulada!

-Mas é linda e arrojada.

-Não te detenhas neste cristal

pois não a serás até a vesperal

contenha teu ânimo

apascenta-te como longânime



Então esforço-me nas lembranças

Ocultar tuas nuanças

As tuas doces saliências

Festim de fartas evidências



Ainda sinto os teus braços

O aconchego do regaço,

A pele clara e limpa

O galgaz da tua cinta





Ainda assim tento esquecer

De todo este prazer

Que alimenta o meu imago

exaltando-me enlevado



como é difícil subjugar

o desejo de amar

um parvo investimento

desprovido de fomento



sem razão, aprovação,

fidelidade, dignidade



vou te esquecer!

no amanhecer,

mas durante toda a noite

estarás em meus açoites

entre máscaras e aguilhões

lençóis e cordões

compartilhando toda malícia

desejos e delícias.



Michel Rosenblat – 26/12/98 3:00h

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