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Poesias-->Juíza, Mariposa de Madeira -- 12/09/2002 - 20:17 (MICHEL ROSENBLAT) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Mariposa de Madeira

Não és tratada de qualquer maneira

tens no seio a alma

arrefece-me o desejo a palma



Quem está à tua frente?

Sonoridade ardida que tines impiedosamente!

Vítima omissa das tuas lâminas?

Às claras, nem requeres câmaras



Sem corda, sem sol

Sem piedade nem dó,

Não te percebes de Bach a Ária

Sem estima, dás acusação sumária



Onde está tua injúria?

Por que vives em penúria?

Mariposa, mariposa!

Que não pensas onde pousas



És violino novo

Na orquestra um renovo

Aparenta-te velho o verniz

Nega-te ser aprendiz



Como velho te vestes

Pobre és como mestre

Amarga os músicos

Querendo-os como súditos



Estudaram por tantos anos

Entre acertos e desenganos

Seguiram cordões e também féretros

Por tanto esforço, são todos méritos



E o que fazes tu?

Seja rosa, seja azul

Seja baixo, seja alto

Ouvidas tudo pelo seu escalpo



Estúpida peça

Que labaredas arremessas

Queimas as amizades

Assolas as intimidades



Vangloria-te do dom

Credita-te a razão

Orgulha-te do efeito

Quando não passa de defeito



O que é a franqueza sem moderação?

O que é a beleza sem um coração?

Violino, teu corpo é belo

De que te serves se trazes o inferno



De átiro és composto

Mira-te no rosto

Ensaia os bons acordes

Das amizades te recordes



Na orquestra a harmonia

Desnuda-nos da agonia

Vive em comunhão

Livra-te da solidão



Dá-nos alegria

Enterra a palavra fria

Viva nesta nova melodia

Todo ano, todo dia



Michel Rosenblat - 12/09/98 4:00h

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