48 usuários online |
| |
|
Poesias-->Paixão Ocasional e o Amor -- 12/09/2002 - 20:21 (MICHEL ROSENBLAT) |
|
|
| |
Me persegues
Toda noite teu manto
Consciência viva
No coração, minha diva
Sempre, sempre desde muito cedo
Me acompanham os teus olhos
Entre tantas no molho
A chave única é a que traz o medo
Sempre, sempre tão presente
Quase te posso tocar
Nos pensamentos és visita freqüente
Poucas vezes veio me saudar
Mesmo que todo dia
Ameaças me tomar
Sempre tão distante e fria
Minha esperança quer tombar
Por que tão pouco caso?
Tanto fruto em prato raso?
Sirva-te do meu manjar
Não me deixes malograr
Nos teus lábios todos sabores
Dos logros aos amores
Ah?! O que são amores?
Créditos sem devedores?
Tudo é novo, é paixão
De curto período, sem duração
Para sedimentar o amor
Não se guarda marcas de dor
Espera correr o tempo
Suporta o muito ungüento
Busca o equilíbrio
Coloca-se em martírio
Julga sem balança
Nunca pensa em vingança
Quem suporta ama
Não grita, apenas abranda
O respeito é o esteio
Nos amantes repousa no seio
És tu amada mulher
Que tanto me fazes sofrer
Que poucas vezes encontrei
Por pouco tempo te tomei
Rabisquei-te num esboço
Quando ainda nem era moço
Somados tantos anos
Volumes de desenganos
Às vezes,
Muitas vezes
Penso que não existes
Mas resistes
Sobrevives ao tempo
A toda sorte de vento
Inesperada me seduz
Renova-me em outra esperançosa luz
Michel Rosenblat – 26/09/98 3:00h
|
|