Cidade pode ser ponto de referência para o Brasil
Fernando Zocca
A TV Beira Rio apresentou ontem, o primeiro debate entre os candidatos à prefeito de Piracicaba. Estiveram presentes Barjas Negri do PSDB, Adelmo Lindo, do PCB, João Pauli, do PV, e Antônio Boldrin do PT.
Segundo Paulo França, um dos que viram o programa de ontem, o senhor Barjas Negri, componente de um partido acostumado ao mando aqui em a Noiva da Colina, semelhante aos senhores de engenho, daquele tempo ainda do Império, mostrou que pouco fez pela área da saúde.
Além desse setor, há muito desdenhado, há também o mesmo fenômeno, claramente observado, no que tange às creches. De fato, as reclamações foram inúmeras e para ambos os esquemas, a administração atual, durante toda a presente gestão, tergiversou, chegando ao fim sem muito fazer.
Ora, quem deixa de ganhar é realmente a população usuária dos serviços públicos de saúde, bem como aquela imensa parcela da população, que precisa ter onde deixar seus filhos para trabalhar.
Sabe-se, inclusive, de muitos pacientes que, não podendo ser atendidos aqui na cidade, procuram os serviços médicos dos hospitais e postos de saúde das cidades vizinhas. Isso não pode ser adjetivado, com qualquer outra qualificação, que não seja aquela que expressa o opróbrio: vergonha!
À cidade cabe a tarefa de apagar o atributo de "fim de linha" com que é conhecida no Brasil todo, quiçá no mundo. O cognome surgiu naturalmente, por obra dos seus políticos habilidosos, sem dúvida.
Muita gente acha que não é fazendo pontes, erguendo paredes ou instalações, que se governa bem. Se não houver condições favoráveis, ao cidadão comum, de usufruir essas e as alegrias básicas, de uma vida saudável, numa cidade pacífica, pouco vale a pena, pouco importa.
A grande maioria da população viveu e vive sem precisar usar pontes, mas não pode mesmo prescindir dos cuidados com a saúde.
Então, vê-se que as prioridades em Piracicaba, são escolhidas com quase os mesmos critérios, que os políticos do Partido Republicano, nos Estados Unidos, usam para decidir quando estão divididos, entre liberar verbas para a guerra do Iraque, ou atender as populações das cidades atingidas pelos furacões.
Chega dessa história de revitalizar, de revitalização de praças, de jardins, Isso tudo já passou. Quem precisa de vigor é a população, são as pessoas, os funcionários. Mas para que isso aconteça, urge que se melhore antes os salários. Afinal são eles - os componentes do funcionalismo - que dão seu tempo, sua vida, aos serviços públicos.
Além das pamonhas, do fim das linhas, Piracicaba poderia apresentar também, para o Brasil e o mundo, alguma outra característica positiva. Talvez isso aconteça ao trocarmos o governo que ai está.
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