165 usuários online |
| |
|
Poesias-->Dissimulada e Fogosa -- 12/09/2002 - 20:24 (MICHEL ROSENBLAT) |
|
|
| |
Dos teus lábios de mel
Sinto a efusão da tua pele
A ode de um cordel
Irrompendo minha verve
São momentos felizes
De um sonho vesano
Uma árvore sem raízes
Dias e meses sem ano
Vivida mulher
Onde está a tua ternura?
Escondes por que quer?
Ou só conheces a loucura?
Não sabes o que é carinho?
O toque da lua cheia?
O cantar de um passarinho?
O vinho tinto de uma ceia?
Não fujas de mim
Não me mandes embora
Não me trates assim
Não jogues meu coração fora
Tenho tanto cuidado por ti
Me tratas com amargor
Não sabes que sofri
Isto não é fruto de amor
Supera a inquietude
Seja passiva por um instante
Lança-te à magnitude
Sejamos itinerantes
Dos sonhos não vividos
De vida não sonhada
De gestos tão polidos
Da beleza imaculada
Sabes que te quero
Sejas minha então
De coração sincero
Sem nenhuma aflição
O tempo é inimigo
A ansiedade sua companheira
Não quero o castigo
Por ser de qualquer maneira
Esperemos no porvir
A preparação do amanhã
Fiéis no servir
Contendo o nosso afã
Michel Rosenblat - 22/08/94
|
|