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Artigos-->O projeto monarquista -- 27/09/2008 - 12:57 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O projeto monarquista



Fernando Zocca



A transposição do rio São Francisco pode suscitar velhos fantasmas monarquistas. A ideação do projeto foi de Pedro II.

A monarquia está associada à escravidão, maus tratos, torturas e desrespeito à pessoa humana. Foi a única a vigorar na América do Sul, e por tanto tempo.

Pedro II apesar de amigo das artes, ser fotógrafo, e dedicar-se ao estudo de muita coisa, não proporcionou à gente brasileira, o desenvolvimento que poderia ter tido.

Os latifundiários que lucravam com a escravatura, sustentavam por meio dos impostos, a corte suntuosa e por causa dessa forma de produção, é que se retardou a mecanização, fruto do desenvolvimentismo industrial, que desde os meados do século 18 vicejava na Europa, especialmente na Inglaterra.

Os latifundiários do século 19 plantavam também cana e café utilizando, ao invés da força das máquinas, a força muscular alheia. Eram os famosos senhores de engenho, que das casas-grandes controlavam seus micro-impérios, tendo sob seus comandos, às vezes, mais de 450 escravos.

Cada ser humano subjugado, era comprado pelo senhor de engenho, do traficante de escravos. Além de pagar o preço vigente na época, os usineiros, pagavam também impostos altíssimos, ao governo imperial.

Quando Izabel em 13 de maio de 1888, declarou extinta a escravidão no Brasil, em primeiro lugar, deixou sem a mão de obra, pessoas riquíssimas, que além de não terem mais como produzir, não receberam de volta, os impostos que haviam pago, referentes aos escravos que tinham.

Esse descontentamento todo, favoreceu a proclamação da República no dia 15 de Novembro de 1889, isto é, um ano e pouco depois da libertação dos escravos.

Se não houve adesão popular ou dos latifundiários para o ato de Deodoro da Fonseca, pelo menos não houve oposição.

As elites antes latifundiárias, tiveram que diversificar a atividade econômica, de modo que muitos vieram para as cidades, se estabelecendo como comerciantes, funcionários burocratas, e até políticos.

A outra parte que participou dessa da historia, ou seja, as pessoas subjugadas, fixaram-se na periferia e morros das grandes cidades. As favelas que se vêem hoje são de certa forma, um estágio posterior daquelas fixações primitivas.

A República, que comparada às cidades antigas da Europa, como Roma, Paris, e outras que têm mais de mil anos, e semelhante também às demais Repúblicas da América do Sul, pode ser considerada ainda nova, em termos de civilização.

Mas a República também tem seus reis, e o do futebol ninguém desconhece: é o Pelé, a dos baixinhos, não poderia ser outra rainha do que a Xuxa, e do carnaval, é o fofo rei Momo.

Monarquista ou republicana, a transposição do Rio São Francisco irrigará o sertão nordestino fazendo-o produtivo. Isso é o que vale para o povo da região: poder produzir o próprio sustento ali, no local que lhes pertence.

Alguns projetos de produção de frutas em áreas sob irrigação já existem, e semelhante às terras do sudeste, também produzem tornando o homem que as faz, muito rico e saudável.

Apesar dos desacertos, a República tem ainda muito mais a oferecer ao povo brasileiro, do que teria a Monarquia sem seus escravos.



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