Depois de rechaçar o pedido de aprovação do plano de auxílio de US$700 bilhões aos bancos inadimplentes, feito pelo presidente George Bush, os deputados e senadores norte-americanos decidirão hoje, se confirmam ou não a sentença.
Pelas conseqüencias observadas no sistema financeiro mundial, a tendência será, com certeza, a de aprovar a solicitação do presidente norte-americano. A interdependência das relações econômicas está entrelaçada de tal forma que se houvesse a confirmação da negação da ajuda, a crise se estenderia inexorável, para todas as partes do planeta.
Antes de mais nada é preciso que não se perca de vista alguns elementos humanos salvificos: a solidariedade, a empatia e também a compaixão. Sem elas, torna-se dificultosa a trajetória humana nessas paradas universais.
É bom que o governo de Bush reveja a política econômica conducente de milhares de cidadãos americanos à inadimplência. É preciso ceifar as causas do mal. Quem faz o que pode, a mais não é obrigado. Quem é que deixaria de cumprir suas obrigações, se tivesse todas as circunstâncias favoráveis a isso?
Certamente a ambição desenfreada encontrou motivos para conter-se. Há limites humanos que não podem ser superados. Como poderia o tomador de empréstimos pagar dívidas compostas com taxas de juros inadequadas?
A situação assemelha-se às exigências do piloto de fórmula um que solicita do motor, reações quase impossíveis por causa das características mecânicas do momento. O super aquecimento do mecanismo, sem a devida refrigeração, resulta em fusão de algumas partes e a conseqüente imobilização do sistema todo.
Aprendida a lição, podemos crer que as causas que levaram a tantos sofrimentos, não mais se repetirão.