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Poesias-->Passado -- 13/09/2002 - 16:14 (MICHEL ROSENBLAT) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Mocinho ou bandido?

Não tenho certeza

Só sei que tem fome insaciável de tempo

E a cada prato que consome

Deixa as marcas do que comeu,

Então as boas e más lembranças

Ao serem deitadas à mesa da memória

Servem como doce ou amarga sobremesa à saudade



E o que fica é o sentimento que,

Não tenho certeza,

Se mocinho ou bandido,

Agrada-me,

E me faz sofrer,

Pelo que vivi,

E pelo que deixei de viver



Lembro-me do ontem,

Sem esquecer do hoje,

Não importa quem é o vale

Quem é o cume,

Pois a águia que voa entre as altas nuvens

Também à beira do rio pousa para da sua água beber

Assim como o urso que no inverno dorme,

Tem na primavera a restituição da sua natural liberdade

E tudo o que fica é a majestade da sua presença

A marca no prato do que se comeu,



Saber que o agora acabou de ser

Para tornar-se a ser o que era

Tão místico, incompreensível, às vezes inaceitável

Mas mister na vida de tudo e de todos



Não tenho o desejo de abraçar o que já passou

Mas também não quero olvida-lo

Porque dele é tudo o que fui,

E dele será tudo o que tenho sido



Michel Rosenblat - 1990

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