E a criança chorou...
Um grito de perplexidade diante do mistério da vida. A realidade de um mundo novo, desconhecido, invadindo o ser. O ar penetrando nos pulmões, queimando; o corte do cordão umbilical, traumatizante; a luz nos olhos pela primeira vez. As pessoas ao redor falando, gesticulando, caminhando, gritando, correndo...
E a criança indefesa. Neste momento o ser mais indefeso da face da terra.
Logo, vem o primeiro contato com a mãe depois da breve separação. O calor materno, o carinho, a segurança...
A primeira refeição: alimento para o corpo; o amor de mãe: alimento para a alma.
Depois, a convivência, o aprendizado. A criança prepara-se para a vida. Sempre a mãe como esteio. Uma segunda gestação que dura muito mais tempo do que a primeira. A mão da mãe é o cordão umbilical que liga a criança ao adulto.
Está chegando a hora de um novo nascimento. A criança virou homem.
E o homem chorou...
Um grito de perplexidade diante do mistério da vida. A realidade de um mundo novo, desconhecido, invadindo o ser...
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Leia:
A Chave
PSICOTERAPIA DE POETA |
