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Cronicas-->O Mundo da Sua Criação -- 03/05/2002 - 04:40 (Abilio Terra Junior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Mundo da Sua Criação

Abilio Terra Junior


Quem era ela? Uma incógnita. Por trás dos seus olhos claros, um mistério. Magra, miúda, cabelos quase louros. Poucos pontos de encontro, muitas diferenças. A começar da idade, depois os ambientes em que ambos viviam, tão diversos. Quanto à profissão, também, nada a ver.
Apenas rápidos contatos, apertos de mão, troca de olhares. Parecia que havia algo no ar, uma leve brisa carregada de sentimento, mas que serviu ainda mais para distanciá-la, como se o temesse. Seria o seu modo de olhar? A ànsia, que, imperceptivelmente, transparecia dos seus gestos, do seu tom de voz? Aquele seu famoso jeito de cidadão introspectivo, pouco afeito ao convívio social? Ou uma certa tensão nos músculos da face, resultado de tantos conflitos que marcaram tantos momentos da sua vida, desde os mais tenros anos da sua infància?
Mesmo uma certa atitude, em parte filosófica, que o caracterizava, não haviam impedido que essas pequenas marcas fossem se constituindo ao longo do tempo. E o que esperar dela? Jovem, animada, bem humorada, com muitos planos, trabalhando em dois locais, se especializando. Muitos contrastes, que impediam uma aproximação.
Teria que partir de fato em sua longa viagem pelo Extremo Oriente, guardando a lembrança dela viva em sua memória, enquanto imaginava mil diferentes cenas dele com ela, cruzando juntos e risonhos aquele antigo mercado de produtos exóticos, com um cheiro indefinível no ar, vendedores anunciando seus produtos em uma língua estranha e atraente, trombando com pessoas de todas as cores e raças, entrando em um restaurante multi-colorido que lhes servia pratos de que nunca tinham ouvido falar, acompanhados de uma bebida típica que lhes embriagava e lhes provocava um riso contagiante.
E depois, doces momentos de amor em um hotel de paredes brancas e varandas que assomavam uma praça que formigava de gente.
Partiria sozinho em sua rota que circulava o mundo. E que o trazia sempre de volta à mesma cidade das suas origens. Na verdade, levava sempre consigo, impregnado em si, o mesmo ambiente que o moldara tão fortemente. E que o fazia ver as pessoas como as via, e sentí-las como as sentia.
Como um prisioneiro das suas próprias concepções, que detrás das suas grades pessoais vislumbrasse aquele seu próprio mundo. O mundo da sua criação.
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