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Contos-->Fomos de carro -- 17/07/2002 - 22:16 (Cecilia Reifschneider) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Fomos de carro, o Pai, Dani e eu, passear. Acabamos chegando no local esperado. Um lago lindo, embora pequeno. Metade deste dava para um gramado verde-abacate sempre irrigado pelo lago, a outra metade dava para um imenso paredão de pedras cinzas, sem uma planta sequer. O dia estava bom, o sol chegava à pele queimando de mansinho e no céu nuvens baixas e bem branquinhas estavam estacionadas.
Perguntei se podia nadar, a resposta foi afirmativa mas não sem um pouco de sarcasmo, forma de humor sempre presente na família. Claro que podia, não é como se haveriam tubarões no lago.
O interessante deste lago é que ele estava no meio do nada, parecia que tínhamos chegado a um oásis depois daquela curva para a direita na interestadual. Não se podia ouvir o rugir dos carros. Não se ouvia nada. O doce borbulho de um rio alimentando este lago, as risadas de uma nascente ali pertinho, nenhuma existia. Nunca tinha parado para pensar neste caso até agora. Naquele momento estava prestes a pular n´agua.
Pulei, mas não de cabeça porque isto o Pai nunca deixa. A água parecia não me ter molhado. Estava uma delícia, nem quente nem fria. O Pai e o Dani tinham ficado perto do carro estacionado no gramado.
Depois de um tempinho, ainda nadando, olho para traz. Vejo uma barbatana. Me desespero – um tubarão!- Não lembro de ter gritado, só sei que nadei freneticamente ao muro de pedras. Encontro uma espécie de laje formada neste e a subo sem demora. O tubarão atras de mim. Esta laje é rasa, mal fico de pé. Com medo de cair sento, tomando cuidado para não colocar pé nem nada dentro d’água.
O tubarão tenta me atacar. Com medo que ele consiga subir na laje, pego uma longa espada e começo eu a ataca-lo. Enfio a espada com toda força em direção ao lugar onde o tubarão estivera. Ele ainda estava lá. Acertei-o em cheio. Quando retiro a espada d’água ela vem com uma posta do peixe (sem espinha nem nada, pronta para ser frita) na ponta. Ótimo, pensei. Não tínhamos trazido nenhuma comida, poderíamos fritar o peixe mais tarde. Olho em direção ao carro. O Pai e o Dani não estão mais lá. O carro também sumiu. Retiro a posta do peixe da ponta da espada e coloco a posta numa baixela de ipê. Espeto de novo a água, tentando acertar o tubarão. Acerto-o novamente. Posta de peixe novamente. À baixela novamente. Repito isto metodicamente umas nove vezes. Nove postas de tubarão.
Na décima espetada o tubarão segura minha espada. Aviso-lhe que isto é impossível. Ele me diz que não. Por um tempo brigamos pela posse da espada até que o tubarão vence, claramente sendo o mais forte. Começo a me preocupar. Obviamente o tubarão tentaria me espetar com a espada. Estava encurralada. De um trato tenho uma idéia brilhante. Ponho-me a vestir todos os casacos de inverno que temos. Assim o tubarão, mesmo se me acertasse, não chegaria à pele. Ou chegaria? Se chegasse então era pior eu ficar com todos aqueles casacos. Faziam-me perder a pouca agilidade que tinha. Fico pensando no que devo fazer. O sol queimando macio chega ao meu rosto, o Dani acabara de abrir a cortina.
Bom Dia.


*este é um sonho verdadeiro
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