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Humor-->O MINEIRINHO E O GÊNIO -- 28/06/2000 - 22:47 (Mario Galvão) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Gumercindo, mineiro de Guaxupé, um dia resolveu conhecer o mar. Foi para Belzonte de ônibus e comprou uma passagem para o Rio de Janeiro.
Maravilha das maravilhas, aquele mundão de água defronte a praia de Copacabana.
Caminhando pela areia, ao entardecer,quando todo carioca que se preza já tinha deixado a praia, mês de junho, frio e nevoento, Gumercindo tropicou num objeto estranho.
Era uma espécie de bule, de metal, com um bico comprido, bipartido na ponta, todo dourado.
Gumercindo, se não tivesse encontrado aquele negócio esquesito no meio da praia, juraria que era feito de ouro do mais legítimo, que esse era um artigo que conhecia por ter um primo garimpeiro que lhe ensinara alguns macetes para conhecer o precioso metal.
Abaixou-se e apanhou o estranho bule dourado.
Estava repleto de areia, acabara de ser atirado à praia por uma onda mais forte.
Gumercindo começou a limpar o objeto, para poder admirar melhor o brilho do metal.
Esfregou o "bule" na beira da perna do shorts que de tão comprido e largo era quase uma bermuda.
Uma coluna de fumaça azul brilhante começou a brotar do bico daquela coisa e, em segundos, numa nuvem surgiu um gênio.
Quando o Gênio ficou enorme, à sua frente, Gumercindo estava sentado na areia da praia, estupefato, branco de susto e medo, pernas abertas, lábios brancos, peito arfando com a respiração acelerada.
O Gênio tranquilizou seu libertador:
"--Não temas, meu senhor, eu sou teu servo. Podes pedir-me três coisas que mais queiras que atenderei."
Gumercindo tinha lido aquela estória de gênio das arábias na escola primária Alferes Joaquim José da Silva Xavier e, mais calmo, não se fez de rogado, fazendo o primeiro pedido:
"-- Seu Gênio, eu gostaria mesmo de ter agora, aqui mesmo para comer no ato, um queijinho de minas, daquele fresquinho, úmido, bem branquinho, que faiz mais de uma semana que eu não encontro aqui no Rio de Janeiro."
Plúuuuuufftttttt!!!!!!
O queijinho surgiu nas mãos do mineiro, que o foi logo devorando ávidamente.
O Gênio inquiriu para o segundo pedido:
O Mineirinho demorou um pouco pensando:
"-- Oia, Seu Gênio, eu tumém gósto muito, mais muito mesmo de muié. Si o sinhor num si incomodá, me arruma aí uma loira mais o menos iguarzinha aquela do tchán, a Grória Péres."
Plúujuuuuufffttttt!!!!!
Surgiu uma loira escultural, de biquini, maravilhosa, lindíssima, tipo que deixaria a Glória Perez, e todas as demais loiras do tchán e dos tchuns no chinelo. Ficou ali, escultural, deitada na areia, devorando Gumercindo com olhares cheios de vontade. O gênio tinha mesmo caprichado, trazendo uma beldade cheia de tesão.
Mas, antes que os dois tratassem de qualquer assunto mais íntimo, aproveitando a praia deserta, com a loira já tirando a parte de cima do biquini, o Gênio lembrou que faltava um terceiro, derradeiro e último desejo.
O Mineirinho nem pestanejou:
"Seu Gênio, si o senhor não levá a mal eu quero mesmo é mais um queijinho, daquele bem branquinho, redondinho, redondinho, úmido por cima, fresquinho, que o primeiro que o senhor trouxe não deu nem prá saída, sô."
Mal o segundo queijinho surgiu na sua frente, Gumercindo liquidou com o mesmo, com três dentadas.
O Gênio, que apesar de trancado no interior de uma lâmpada durante mais de 6.000 anos, não havia deixado de ser curioso, não agüentou a vontade de perguntar:
"Mestre, não compreendi muito bem seus desejos. Pediu um queijo, depois uma loira escultural e por último e derradeiro desejo, um outro queijo.Por que a mulher em segundo lugar?"
Gumercindo devorava o último pedacinho do queijinho branquinho e mineiro legítimo:
"Ói seu Gênio, prá falá bem a verdade, eu fiquei meio que invergonhado de pidi prô senhor trêis queijinho.O sinhor ia pensar mal de mim, não ia?"

Mário Galvão é jornalista e profissional de RP. Veja outras estórias de mineirinhos do mesmo autor neste site. Se você tiver alguma mande para vaspinforma@vasp.com.br


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