Meu avó paterno - ao lado da minha avó - criou-me de meus 7 meses até 10 anos de idade. Ele morreu no dia 11 de junho de 1999 (acho que foi este o dia). Por que estou mencionando isto aqui? Bem, não é para provocar lágrimas, afinal todos nós vamos morrer um dia, mas para contar uma historinha: eu comi 3 bolinhos de aipim no enterro do meu avó! O corpo do homem que me criou e que é responsável por grande parte do que sou estava esfriando no caixão, coberto por milhares de florzinhas amarelas e eu estava num boteco ao lado do cemitério comendo um bolinho de aipim - delicioso, de carne moída - atrás do outro. E não me condenem, meu pai estava sentado neste mesmo boteco com alguns primos tomando cerveja e conversando sobre coisas nada-a-ver com o enterro. E isso porque não contei que após as 4 tensas horas de viagem de Campos até o Rio para assistirmos ao funeral, meu pai entrou no shopping e comprou uma cafeteira! Uma cafeteira, entendeu? Uma cafeteira! O corpo do pai dele lá e ele no NorteShopping escolhendo tranquilamente qual a cafeteira com a melhor relação custo/benefício. Grandes lembranças!