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Poesias-->Cidade Primavera -- 17/09/2002 - 19:09 (Alyne Roberta Neves Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Estou numa estrada sem horizonte a frente

Eu sinto faltar asfalto e chão

E meus sapatos dançam nos meus pés

Uma canção de jardim de infância



Preciso de um pouco de sal

Eu sinto falta de pressão

E minha janela não tem vista pro mar...

Tenho apenas vista pra escuridão



Estou numa estrada num velho Opala sem rodas

Meu desejo foi abortado pelos sapos e pelas rãs

Mas eu me sinto inocente e feliz

Eu tenho desejo de algodão-doce



Preciso salvar a vida do meu amigo

Ele é alguém que merece o amor

Ele pensa em ser biólogo e desenha a vida

Eu acredito na forma dele amar



Estou numa estrada pra algum lugar distante

Eu vi a face do sadismo e fiquei feliz

Que bom que nunca consegui ser assim

Eu nunca joguei flexas ao acaso

Eu nunca despedacei corações

Eu nunca vi alguém chorar por mim



Estou numa estrada e levo um menino

Eu estarei forte pra lhe dar abrigo

Eu lhe ensinarei os sinais de um verdadeiro amigo

E só a ele renderei meu amor



Estou numa estrada com chuvas e nuvens violetas

Eu vejo o sol se por no fim das mentiras

Eu vejo as montanhas aparecerem escondendo a hipocrisia

Meu retrovisor traz pintado um escudo



Eu ouço no rádio do carro a voz de um amigo ao telefone, ele está feliz!

Ele antes era mudo porque temia ferir

Ele ligou de cartão e isto é prova de amor.



Eu vejo que é possível percorrer a estrada...

Eu, a criança e o caminho que sonharmos juntos.

Eu vejo que esta estrada em si é um paraiso

E a criança ri de andarmos sem rodas



Estou na estrada e avisto cavalos

Eu vejo belas mulheres nuas sobre os cavalos

E vejo Você, ensandecido, derrubando cavalo por cavalo em sua motocicleta.

E saciando sua sede nas lindas mulheres nuas.



Estou numa estrada e limpo a poeira que cegava

As suas mulheres todas desapareceram

Restou a poeira cobrindo seus olhos

Você me deixou passar e não viu...

Que em cada uma daquelas mulheres havia Eu!



Estou numa estrada e vejo um viaduto

O menino sorri do arco-íris no céu

Reapareceram o asfalto e a sinalização

Vemos a placa: Bem Vindos à Realidade



Estou chegando numa nova cidade

Bem podia ser na Dinamarca porque sinto que há algo de podre no ar...

Mas o que é podre deteriora...



Estou chegando numa nova cidade e é noite

Está cheia de luzes de inspiração,

Cidade Primavera, Cidade esperança, Cidade Gratidão

O menino pede pra comprar doce de leite

E uma velha senhora me oferece margaridas.

Eu lamento, ma ainda não temos dinheiro

Ela apenas ri sem dentes: Estamos numa nova estação.









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