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cronicas-->Encontro... -- 09/05/2002 - 16:11 (Rafael Munhoz Monteiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Encontro...



- Talvez isso lhe pareça uma cantada, mas não é. Você vem sempre aqui?


- Eu? Não... É minha primeira vez.


- Mas eu já te vi em algum lugar, tenho certeza. Não tem como esquecer um rosto tão lindo.


- Agora sim, você está me cantando.


- Desculpe, desculpe. Não podia deixar de mencionar. Seu rosto é um dos mais lindos que eu já vi.


- Olha... é...


- Carlos.


- Carlos, o que quer que você queira de mim, não vai dar certo.


- Como você pode saber o que eu quero?


- Apenas sei.


- E o que eu estou tentando fazer?


- Você está tentando me conquistar.


- Ah, você está enganada. Não conquisto as mulheres assim.


- Sorte sua, porque se fosse, jamais daria certo.


- É, talvez.


- Mas o que você quer de mim, afinal?


- Ué, você não me disse que sabia?


- Eu achava, mas não tinha certeza.


- E o que você acha que é?


- Uma tentativa fracassada de conquista.


- Não é não. Já te falei que não é isso!!!


- Não precisa ser grosso.


- Não estou sendo grosso, você que é muito impaciente. Se irrita fácil.


- Eu?! Me irrito fácil? Até parece...


- Peraí, vamos começar de novo. Eu sei que te conheço.


- Ah é? Da onde?


- Boa pergunta. Deixe eu pensar.


- Enquanto você pensa, eu vou continuar lendo meu livro.


- Já sei! Você já foi naquele barzinho, o... o... como é o nome? ...o Dèluais?


- Não, nunca.


- Então não é de lá. Me ajude! Me ajude a descobrir!


- Descobrir o quê, meu bem?


- Da onde eu te conheço.


- Não tenho muito interesse nisso.


- Assim que eu descobrir, vou embora. Prometo.


- Não vai não.


- Vou sim. Me ajude, por favor.


- Tá bom, mas só vou te ajudar porque você é bonitinho e simpático.


- Sou mesmo?


- Ahãm, é sim.


- Quem é que está querendo conquistar quem agora?


- Eu não quero te conquistar, apenas te elogiei.


- Ah, não me enrole. Aquele sorrisinho no rosto só pode significar uma coisa.


- O quê?


- Que você está me paquerando, oras!


- Melhor eu ir embora. Está tarde.


- Não mude de assunto. Olha, eu até tinha pensado na possibilidade de tentar conquistar você, mas com essa sua atitude, mudei de idéia.


- Por que isso fez você mudar de idéia?


- Porque eu gosto de desafios. Conquistar o incosquitável.


- Pare com essa bobeira toda. Você sabe que não é assim que as coisas funcionam.


- Ah, agora tem todo um script a ser seguido? "Como conquistar aquela garota em 13 passos"?


- Não, não. Eu quis dizer que você é muito original.


- Sou?


- É sim. É até comum alguém chegar com esse papo de "não te conheço de algum lugar?" ou "você vem sempre aqui?". Mas você, ao invés de continuar insistindo, mudou de assunto. Aposto que até já tinha se esquecido, né?


- Ah, mas eu te conheço de algum lugar. Não tenho dúvidas. Só não lembro da onde.


- Pode parar com essa enrolação. Você nem sabe meu nome.


- E qual é o seu nome?


- Thaís.


- Ih... Não conheço nenhuma Thaís. Você tinha razão, não te conheço.


- Tem certeza?


- Tenho, é melhor eu ir. Já está ficando tarde.


- Como tarde? São 3 horas da tarde.


- Tenho que levar meu cachorro pra vacinar. Desculpe ter te incomodado. Você tinha toda razão.


- Não, espere. Tem certeza absoluta que não me conhece?


- Tenho. Tchau.


- Carlos, espere. Eu acho que te conheço.


- Não, você tinha dito que não me conhecia.


- Me enganei.


- Eu é que me enganei, outra hora a gente se fala.


- Não vá embora. Você vem sempre aqui?


- Não, nunca. Foi minha primeira vez.
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