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| Artigos-->O meu lado negro -- 18/12/2001 - 01:16 (Bruno Rodrigo Cunha Rodrigues) |
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Uma vez uma menina me perguntou
"O que tem no lado negro da tua mente?"
E tudo veio à tona
Naquele dia eu percebi
que não era normal
Mesmo assim reprimi
mesmo assim eu escondi
Recusei-me a aceitar
E comecei a dizer coisas bonitas
Sempre positivas
Sempre o bem
Sempre Jesus Cristo
Sempre a paz
Sempre era vago
Parecia uma busca
Uma busca espiritual
Apenas uma curiosidade
Mas um dia aconteceu
Aconteceu a dor
Uma dor maior que minhas idéias
Idéias tolas que possuía
Então o conflito apareceu
Raiva e medo
ao mesmo tempo
Forte demais
para alguém como eu
então eu esmaguei minhas mãos
e tudo melhorou
Agora eu posso soltar
Soltar o lado negro
Deixar a verdade agir
Deixar o etéreo para trás
Sentir o cheiro
do meu próprio instinto
Instinto animal
Rasgando tudo
queimando minha mão
Quebrando minha outra mão
Raspando no queixo
Batendo no olho
Ferindo a perna
Tudo isso é liberdade
E liberdade é força
Neste nosso mundo
É disso que precisamos
A dor da verdade
Precisei disso
Agora eu sei
que Deus me odeia
Esse Deus que nem existe
Mas que nós criamos
(Nós criamos um Deus que nos odeia)
Um dia você irá sentir
o cheiro do seu próprio instinto
E não vai mais querer
Não mais querer essas coisas
Coisas bonitinhas
Beleza tem a liberdade
Essa escondida e oculta
Aqui no meu lado negro
Aqui dentro as coisas são diferentes
Aqui o veneno dos porcos não chega
Aqui a luz dos diamantes não brilha
Aqui eu não posso ser corrompido
Apesar de ser brutal
é uma fase necessária
É como um pássaro numa gaiola
Padindo para ser solto... |
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