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Poesias-->páprica -- 19/09/2002 - 15:44 (José Eduardo Mendonça) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Uma ostra se irrita e nasce uma pérola.

Uma fenda se abre na terra

e um terremoto traga tudo.

O sol toca a epiderme e traz beleza,

peles viçosas, desejos,

e pode trazer a morte,

que pinga incessante e paulatina

como tortura chinesa.

Em nosso mundo de aparências e contrários

onde tudo se traduz pelo anverso,

moedas não se resumem a duas faces

e exibem seu valor além das dubiedades.

Nem isso, nem aquilo, a vida,

nem emaranhado nem clareza,

nunca uma canção pronta para embalar nosso sono,

coisas que se enredam em nossa pele

e a elas nossos cheiros respondem,

como canela no arroz-doce,

pimenta de cheiro num cozido,

páprica a tingir de vermelho inssossas receitas.



……..



Perdemos tão fácil espaço, tempo, propriedade,

traídos pelas iaras nos rios e as sereias nos mares,

que só trazem em seu rastro

o risco atraente da destruição,

loteria na qual números se combinam

e resultam sempre em perda.

Como cuidamos mal de nós mesmos

e mal nos enxergamos

e mesmo assim nos submetemos

ao que pode nos aniquilar.

Frágeis como papel de arroz

onde se pode construir uma gravura eterna,

optamos tanto pelo papel e não pelo símbolo

esquecendo que as tintas e as formas

sempre lá estiveram

e que a nós resta transformá-las

no que de nós mais se aproxima.

……….

Olho tantos quadros assim como olho

do quê minha vida é feita

E sempre você figura em telas

onde aprendi o som do silêncio,

o vazio das formas,

a pausa em partituras que remetem a codas, rondós,

coros que sempre vêm de um som

que repercute de você

como um baixo e sua gravidade,

um oboé e seu timbre inconfundível,

trombone maleável , metal em tempo de fervura,

tambores e mensagens de fumaça,

vozes que entoam o último movimento

da última sinfonia.

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