Fernando Zocca
As eleições presidenciais norte-americanas prosseguem hoje, e estima-se que às 22 h, horário de Brasília, já haja o resultado final.
Calcula-se que 200 milhões de eleitores participarão do pleito que poderá eleger o primeiro candidato negro da história dos Estados Unidos.
Barack Obama é o preferido entre os latinos, negros e eleitores jovens. Acredita-se que a política voltada ao belicismo de George Bush e a orientação, no mesmo sentido, do partido Republicano, há oito anos no poder, tenham determinado a necessidade da mudança.
A crise econômica que assolou o país, quando bancos de larga tradição e seguradoras quebraram, por não conseguirem pagar suas contas pode também ser atribuída à filosofia e orientação econômica dos Republicanos.
Bush solicitou ao Congresso daquele país a liberação de US$700 bilhões de empréstimo do tesouro, para auxiliar os banqueiros em apuros. Mas, garantem os especialistas, "se não houver uma reformulação das noções equivocadas dos expoentes do setor, com relação à realidade do mercado, dificilmente não precisarão de mais dinheiro".
Com relação à política dos biocombustíveis, o senador Barack Obama tem preferência por subsidiar os lavradores norte-americanos de milho. A produção do álcool desse vegetal é mais cara do que o fabricado com a cana de açúcar, feita há séculos no Brasil.
Barack Obama nasceu em Honolulu, no Havaí, em 4 de agosto de 1961, e seus pais se separaram quando ele tinha dois anos. O democrata morou na Indonésia quando criança, após sua mãe se casar com um indonésio, e depois viveu no Havaí, com seus avôs brancos. Filho de Barack Hussein Obama, um homem negro do Quênia educado em Harvard e de Ann Dunham.
"Sou filho de um homem negro do Quênia e de uma mulher branca do Kansas. Fui criado com a ajuda de um avô negro que sobreviveu à Depressão e combateu no exército de Patton durante a Segunda Guerra Mundial, e de uma avó branca que trabalhou em uma linha de montagem de bombardeiros, em Fort Leavenworth, enquanto seu marido servia no exterior”, disse Obama.
Ontem foi anunciado o falecimento de Madelin Dunham aos 86 anos, a avó branca do senador.
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