Usina de Letras
Usina de Letras
266 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62073 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10302)

Erótico (13562)

Frases (50483)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->ALGEMAS DE AREIA -- 04/07/2000 - 01:22 (Anita de Souza Coutinho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ALGEMAS DE AREIA

Chegar em cima da hora...e a canção te recebe com um beijo delicioso, te tira os sapatos e te põe para dormir sob a lua imponente e viva do céu da madrugada mais sombria...

Eu chegava sozinha e deitava no teu colo, sabia que você me acolheria e nunca me perguntaria os porquês. Eu confiava, fechava os olhos e me perdia em sonhos medievais.

Alguém pode querer voltar a qualquer momento, destruir as paredes ao meu redor tão cheias de tom e verso.; alguém pode me sussurrar friagens como um fantasma melancólico. Me pedem perdão e temo quebrar as vidraças do meu olhar afiado, com um discurso desafinado.

As nuvens parecem um envelope de celebrações avulsas, intensas e doentias, que fazem latejar o peito e abalar as auréolas dos anjos no telhado...alguém pode chegar enquanto ninguém quer partir, queria ter você aqui mesmo sabendo que vou embora a qualquer momento. Ouço os gemidos do vampiro eterno e teus castiçais pingam fogo e labaredas...sei pouco de mim e sem nenhuma facilidade me absorvo no mundo.; a noite se faz soberana e eu procuro não lembrar de você... venta pouco e o calor que me abala perturba menos que a chama de minha violência.

A dança é a teoria dos opostos, sobrepostos e eternamente subdivididos, por si só sozinhos... entre pedras e espinhos. Erram, são mais que nós, breus e caminhos.

Vertigem de um cálice úmido, surpresa de admitir o cinza. Você desperta em mim o que mais preso me faz...algemas de areia...

Meu vôo de liberdade, meu último sopro, meu eterno viver.







ANITA DE S. C.

Rio de janeiro 14 de Outubro de 1997.





Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui