Nálfrago em leito seco de teu rio
Olho para o céu limpido azul,
Mesmo sem esperança de chuva.
Caminho na lama que sobrou
Sem ter em que me segurar,
A não ser a mim mesmo.
Preciso caminhar
Pois parado afundadei,
Preciso tirar meus pés dessa lama
Que um dia foi um belo rio,
O qual eu o tinha como perene.
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