As sirenes anunciam
O que capta o radar
São mísseis arrasadores
Em direção a Bagdá
Ouvem-se bombardeios
Matando assim os anseios
De quem habita por lá.
Rajadas de mísseis cruzam
Anunciando a destruição
Jovens meninos e idosos
Para os esconderijos vão
À noite ninguém dorme
Pois o bombardeio enorme
Derrubam prédios no chão.
Mais uma vez a sirene
Desta vez é da ambulância
Levam feridos dos escombros
Cada um na sua ânsia
Fumaça polui o espaço
De uma cidade no bagaço
É o homem com sua ganância!
Sons de música fúnebre
As sirenes de Bagdá
Baladas que fere e mata
Pra Bush e Saddan dançar
Dançam o seu musical
Que vão fazendo seu mal
Pra o mundo inteiro olhar.
São baladas estridentes
Na cidade ninguém vai dormir
Pois os radares anunciam
Mais bombardeios pra destruir
A rotina destes dias
Ouve-se nas artilharias
Tentando mísseis destruir.
Até quando não se sabe
Soldados vão se entregando
Duas potencias destruindo
E o mundo inteiro lutando
Para a paz frutificar
Apelos pra guerra acabar
Pra não matar ser humano.
Os interesses dominam
Lucros bélicos pela frente
Petróleos dão muito lucro
Mesmo que morram gente
Atrás da democracia
Está a sabedoria
De um certo presidente.
E a guerra vai continuar
Na hora de dividir
Não tem forças aliadas
Nem a ONU pra acudir
É a lei dos mais fortes
E assistem de camarotes
Vendo seu soldado partir.
Airam Ribeiro
23/03/03
A PAZ está dentro de você e você não está enxergando.