Rio de Janeiro - 11/07/2001
Eu poesia
Não sois o que pensa.
Não, longe disto.
Sou mais, sou a mais,
um dentre tantos eus.
Difere em mim, a pena, a tinta,
O eu que pensa, que escolhe as palavras,
Que sublima a dor, que se volta com delicadeza,
Que perdoa e recompensa os outros eus.
Choro, Grito, Amo e ninguém me ouve,
Só o outro eu, o eu que fala, o meu amo.
Pulso, Vibro, Luto para libertá-lo,
Pesado é o fardo que meu ombro carrega.
Distante de mim é a perfeição,
Deitado ao meu lado dorme o sentimento,
Atrás de mim corre a consciência,
Na minha frente o desafio de te vencer.
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