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Poesias-->Meu Último Desejo -- 04/07/2000 - 09:36 (Itabajara Catta Preta) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MEU ÚLTIMO DESEJO

Coroa de sonetos dedicada ao poeta

Manoel Fernandes Filho,autor do so-

neto "Meu Último Desejo - II", toma-

do como soneto-sintese (XV) deste

trabalho.

I

"Não quero que ninguém chore por mim",

quando Deus me chamar à eternidade.

Sereno, hei de chegar até o fim,

com o mesmo "elan" da antiga mocidade.



Tive no lar, desde a mais tenra idade,

a guia do caminho por quê vim,

sempre seguindo a trilha da verdade,

virtudes cultivando em meu jardim.



Procurei praticar a Caridade,

desfraldei a bandeira da Esperança

e mantive na Fé sempre a piedade.



Todo o meu ser confio ao Nazareno,

a Quem peço com toda a confiança:

"QUERO MORRER NA PAZ DE UM DIA AMENO".

II

"Quero morrer na paz de um dia ameno",

ao meio dia, tendo o sol a pino.;

no resplendor do fluxo terreno,

ao céu levando brilho cristalino.



Que ardente raio fúlgido, divino

- de Deus vibrante e fulminante aceno -

meu espírito leve, pequenino,

até Seu Trono resplendente e pleno.



Sei que assim entrarei na eternidade,

talvez sem perceber sequer o transe,

pois que eterno me fez Sua Bondade.



Só desejo, ao partir, na despedida,

desta vida, saber que passo o transe

"COM A CONSCIÊNCIA DA MISSÃO CUMPRIDA".

III

"Com a consciência da missão cumprida",

com verdadeira paz no coração,

penso chegar à hora da partida

servindo como exemplo a meu irmão.



Não que me julgue em santa perfeição.;

Não que me julgue a ovelha preferida.;

porém,fiado apenas no perdão

de Jesus Cristo à alma arrependida.



Confio na palavra do Evangelho

que me guiou e que preguei adiante,

na juventude.; e até depois de velho.



O erro, e não o pecador condeno.

Por isso, aguardo o passo culminante

"COM O CORAÇÃO DE ARDENTE FÉ REPLENO".

---

IV

"Com o coração de ardente fé repleno",

na vida sempre amei meus semelhantes.

Dei de comer ao pobre.; ao mais pequeno,

meu apoio.; abriguei os viajantes.



Aos passos de Jesus, meus vacilantes

passos quis ajustar.; o ensino ameno

da sã doutrina e os dons vivificantes

da fé cristã sempre busquei, sereno.



Se assim tentei, em sã fidelidade,

cumprir Vossos preceitos e doutrinas,

retribuir no Amor Vossa bondade,



Jesus, caminho, luz, verdade, vida,

que eu chegue à porta da mansão divina

"MANTENDO, ATÉ O FIM, A FRONTE ERGUIDA."

----

V

"Mantendo até o fim a fronte erguida,

jamais de orgulho, porém só confiado

no amor de Cristo, hei de buscar guarida

no Santo Reino, aos justos destinado.



Espero ser então considerado

- mais do que pela obra cometida,

pelo afã de acxertar, mesmo frustrado -

merecedor da Terra Prometida.



Por esta Fé, que deu-me segurança

que me guiou em todos os caminhos

e que banhou de luz minha esperança,



mantenho e manterei a mesma lida,

nas horas de abandono e de carinho

"E NO MOMENTO EXTREMO DA PARTIDA".

---

VI

"E, no momento extremo da partida",

quero ter plena e clara a consciência,

tendo um sorriso para a despedida

tendo um sorriso pra nova existência.



Quero manter a luz da inteligência,

para ver claramente a nova vida.;

do céu, acompanhar toda a sequência

da espécie humana, na futura lida.



E, se as almas do céu podem, rezando,

(e, quiçá, seja até mais eficaz!)

por quem, na terra, está peregrinando,



como fiz sempre, em meu viver terreno,

continuarei pedindo "pela Paz",

"DANDO A ESTE MUNDO O DERRADEIRO ACENO."

---

VII

"Dando a este mundo o derradeiro aceno",

não me desligarei da humanidade.

Quero manter o espírito sereno.;

no seio me manter da Cristandade.



No esplendor da Divina Claridade,

avistando Alfa e Ômega de pleno,

quero sentir, no Céu, inda a saudade:

Musa fiel do meu mais doce treno.



Estou certo de que - no Reino Eterno,

no esplendor da Ciência e da Beleza,

ao Homem ligar-me-ei de elo fraterno.



E, sem poder falar à alma perdida,

hei da cantar, na voz da Natureza,

"JÁ TENDO A MINHA VOZ EMUDECIDA".

---

VIII

"Já tendo a minha voz emudecida",

meus versos ficarão como lembrança.

Preguei no mundo a paz e a santa lida,

guardei a lei do amor,com segurança.



Certo que no porvir a minha herança

será na terra em preces revertida

enriquecendo os homens de esperança,

sereno, aguardo o instante da partida.



Será, após remidos meus pecados,

na hora em que, devoto, ore contrito,

erguendo a alma aos páramos sagrados.



Na Terra, o resplendor do sol a pleno

e eu - já no começo do infinito,

"VER TUDO AO MEU REDOR CALMO E SERENO".

---

IX

"Ver tudo, ao meu redor, calmo e sereno"

e mesmo o anjo atro, sem malícia,

ao cumprir seu mister, num mero aceno,

trazer-me não despojo, mas divícia.



E, como fosse outra hora natalícia,

sentirei que de graças fui repleno,

mais que qualquer varão de que há notícia,

mesmo Mathusalém - quase mileno.



E tudo quanto realizar não pude

- que sempre me faltou engenho e arte

no cultivo e no trato da virtude -



supra Deus, Suprassumo de Bondade.

Que eu possa dar tranquilo a minha parte

"VISLUMBRANDO OS UMBRAIS DA ETERNIDADE".

---

X

"Vislumbrando os umbrais da eternidade",

não perderei de vista o meu passado

- sonhos da infância, ideais da mocidade...

No céu, será real o que hei sonhado!



Todo o universo, de um ao outro lado,

contemplarei, banhado em claridade.

O passado e o porvir descortinado,

toda a História verei da Humanidade...



Sei que o destino humano é paz e glória

que dartá Cristo ao mundo, no futuro,

quando à Terra voltar, no fim da História.



As vitórias do mal que tenho visto

não me abalam a Fé. Vivo seguro,

"CONFIANTE NO QUE DISSE O PRÓPRIO CRISTO!"

XI

"Confiante no que disse o próprio Cristo",

recorro ao Pai, cereto de ser perdoado

- no Tribunal, a cuja porta assisto -

da minha ingratidão, do meu pecado.



Da mancha espiritual então lavado,

de alvo manto em pureza me revisto

e ouso chegar-me, assim rebatizado,

à Alta Corte Celeste, que ora avisto.



E, entre os santos e os justos, na alegria,

participar da ciência e da virtude,

gozando o dom supremo da poesia.



Na plenitude da felicidade,

vendo o infinito na magnitude,

"SENTIR-ME MAIS SEGURO DA VERDADE".

XII

"Sentir-me mais seguro da Verdade"

não mais na Fé.; mas na visão perfeita.

Apenas concentrar na Caridade

as virtudes da vida já desfeita.



A própria alma não ter mais sujeita

à inclinação maldosa da vaidade.;

sentir que a minha humanidade aceita

o espaço infindo, e a infinda eternidade!



Gozar o ideal na vida conquistado.

Ver que toda a existência, até nas dores,

é caminho ao final predestinado.



Depois, meus versos falarão por mim,

pregando a conversão dos pecadores

"E NÃO CRENDO QUE A MORTE SEJA O FIM".

----

XIII

"E não crendo que a morte seja o fim",

creio em outra, melhor, sobrevivência,

onde verei a luz, chegando assim

à culminância da minha existência.



Acima do trabalho e da ciência,

brilha a Verdade, revelada enfim,

no resplendor da eterna Onipotência,

na simples só revelação do SIM.



Fui feliz nesta vida. A cada instante,

procurei sempre a paz doce e fraterna.

Tranquilo espero a morte, em Deus confiante.



Meus amigos: - sem lágrimas, insisto,

que me levem em paz à Paz eterna.

"VOS PEÇO, ALÉM DE PRECES, TAMBÉM ISTO."

XIV

"Vos peço, além de preces, também isto":

Que guardeis só de mim boas memórias.

Tenho certeza de que fui benquisto,

aceitei bem derrotas e vitórias.



Eis que tenho a maior de minhas glórias:

- Morrer fiel à lei de Jesus Cristo!

Serão, por mim, inúteis e ilusórias

as lágrimas de dó, de que desisto.



Não quero a minha morte lamentada.

Será como vitória ao fim da lida.

Como alcançar a meta da jornada.



Quero hinos e flores, tudo enfim

que expresse o começar de nova vida.

"NÃO QUERO QUE NINGUÉM CHORE POR MIM!"

XV

soneto-síntese

" MEU ÚLTIMO DESEJO

Manoel Fernandes Filho

"Quero morrer na paz de um dia ameno,

com a consciência da missão cumprida,

com o coração de ardente fé repleno,

mantendo até o fim a fronte erguida.



E, no momento extremo da partida,

dando a este mundo o derradeiro aceno,

já tendo a minha voz emudecida,

ver tudo, aomeu redor, calmo e sereno...



Vislumbrando os umbrais da eternidade,

confiante no que disse p próprio Cristo,

sentir-me mais seguro da Verdade.



E, não crendo que a morte seja um fim,

vos peço, além de preces, também isto:

- Não quero que ninguém chore por mim! "

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