o café zumbe um ruído
de ensurdecer loucos,
arranha e aquece, o café
ou apenas a vontade de beber,
de ser sôfrego de me saber ali -
mais além de mim, que este espaço
que ocupo é fora do tempo -
o zombie da cafeína emenda as letras
e os sons que ouve - arre+pia caminho,
caminha para se perder:
encontra-se e tropeça, é maior que si mesmo,
este gigante egoísta que Oscar Wilde
não conheceu, este preverso que Anais nin
nunca ouvir gritar, este gigante anão que a
natureza ignora num despotismo esclarecido:
sou prisioneiro da minha natureza:
sou na natureza e ela não é minha:
madrasta ou algoz, carrasco adiado
da minha morte: vivo ainda um fôlego:
martelo e acabo com a pontuação
acção apenas agora e depois ainda
sobre e por com e demais ou deixar as
palavras sair dos carris desta febre
que se apoderou de mim - saio. |