Gostaria de registrar , que a cada dia fico mais triste com minha situação.
Quando criança, sonhei em ser professora, ter prazer com minha profissão e crédito social.
Atuando há 19 anos, hoje percebo que ainda precisamos trilhar muito para tentar atingir o mínimo de respeito e credibilidade.
Imagine, que mesmo passando-se todos estes anos não observei nenhuma evolução política.
Estamos todos apasmados durante décadas e nada tem sido melhorado.
Percebo que se, hoje tenho um dos melhores salários do país, também conto com o mais alto índice de consumo nacional.
Gostaria que minha dignidade fosse considerada, pois todos os tijolos que coloquei na educação do DF e do Brasil,dediquei muitas horas.
Acredito que meus colegas em âmbito nacional, concordem comigo que,
ser professor é mais que dar aulas, mais que não saber do ser humano e que,
o fulano não sabe contar então o problema é dele.
Ser professor é mais do que tudo isto.
È acreditar que as pessoas têm potencial em todos os âmbitos,
É acreditar que a valorização passa pela saúde, pelo local de trabalho, pelo tratamento á sua formação.
É perceber que somo mais que trabalhadores e companheiros.
Não somos franciscanos nem amigos de ninguém.
Somos profissionais que desejamos viver dignamente, realizando nossos sonhos, também querendo oferecer á sociedade melhores condições.
Dignidade.
Não é o próprio paradigma educacional que fala sobre cidadania?
Então.
Ser cidadão é perceber que somos importantes no meio onde vivemos e,
que fazemos a diferença.
Realmente existem muitas pessoas que PODERIAM ocupar nossos lugares,
mas será que conseguiriam ter hoje nossa formação e dom?
Nem sempre o que parece contar com muitos significa ter qualidade.
E o quantitativo muitas vezes não condiz com a necessidade real.
Pergunto-me diariamente, se contássemos com condições ideais como
Escolas equipadas, pintadas, com quantitativo de profissionais, nosso país não seria melhor?
Certamente, minha dignidade pede que a sociedade entenda que ser professor não se restringe em apenas cuidar de filhos enquanto pais trabalham.Somo mais que babás. Somos pessoas, profissionais que auxiliam a todos a direcionar seu aprendizado formal.
Somos seres que fazemos a diferença sim.
Por que o engenheiro ganha mais, ou o advogado ou o administrador?Por que são melhores do que nós professores que dedicamos nossa vida aos filhos alheios em detrimento dos nossos?Ensinamos à eles também!
Penso ainda que a partir do momento que a sociedade compreender que entendemos de seres humanos e o seu potencial para a vida adulta e profissional, aí conseguiremos.Quem sabe um dia.