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Cartas-->Querido Amigo D. Kless -- 13/08/2002 - 10:41 (Ayra on) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Oi D.

Como vai? Espero que bem. Li, meio voyer, a carta que escreveu a rosa. Espero que não se importe. Falou você sobre o regime assassino em Cuba, por que diabos não olhamos para o nosso umbigo? Tivemos, temos, e se a ignorância e a visão conservadora e atrasa deixar, teremos novamente. Espero que tenha estudado em boa escola, meados de 50, antes de ser vilipendiado pela reforma militar, retirando estudos “perigosos” das grades curriculares: filosofia (oferecendo ao aluno ética e formação de estrutura lógica para formação de indivíduos críticos), matemática (e filosofia, teoria dos números, história da matemática que serviam para deixa-la mais assimilativa que mecânica). O português ainda estava novinho em folha, pois a academia de letras, sentindo-se ofendida pela reforma feita em Portugal (muuuuito tempo atrás, ainda éramos império) limpou as gordurinhas dos “phs” e dos “vosmicês”. Se não tiver estudado nessa época, saiba que seu ensino foi “assassinado”. Hoje em dia, e vê-se muito no DF, o regime do “passaluno”. Li um texto belíssimo e bastante impactante sobre a “BECICLETA”, é até o título... até uma sugestão para leitura.

Falamos de assassinatos e, toda vez que lembro disso, me lembro de Félix glorificando nossos “heróis” nacionais. Duque de Caxias, Marechal Rondon entre outros “grandes brasileiros”. Guerra do Paraguai, uma chacina deixando aquela população quase que predominantemente idosa, ou seja, mataram muitos homens e jovens. Mas isso é guerra e como dizem na frança Guerra é Guerra (lembrando-me do sobrinho do rato Jerry no episódio “Mosqueteiros”). Bom, e a questão do índio? Podemos falar nosso bla bla bla de Lula e Ciro, porém nenhum dos presidenciaveis ao menos citou o índio em seus programas, e se você achar ao menos uma notinha seja do Lula ou do Ciro, faz favor, me informa ok. Índio e assassinato, essas palavras são tão próximas. Aconteceram chacinas com índios aqui, porém isso é coisa da modernidade, não é. Milla poderia me defender com um argumento “Os EUA são potência e massacraram seus índios, faz parte do crescimento”.

Assassinatos, assassinos, mortes. Falar isso no Brasil já se tornou tão banal. O José Serra até se confunde qual dos Tins morreu lá no morro do alemão. “Foi lá no morro do Alemão que mataram Tim Maia... digo Tim Lopes” consertou-se um Serra ao falar de violência. Brasil: alto índice de mortes entre os jovens, números que beiram ao GENOCÍDIO DIÁRIO em estados como Recífe, Rio de Janeiro e São Paulo; o crime organizado mata, impunimente, advogados, juizes, governadores, pessoas comuns; são ASSASSINADOS, como na candelária, várias crianças de rua (que deveriam estar na escola, mas a culpa não é delas); o salário mínimo é de 200 reais, forçando alguns trabalhadores a aumentar sua renda com tráfico, prostituição, roubo e ASSASSINATO; o dolar bateu 3 R$ e 16 centavos e já chegou a 3 e 30, ASSASSINANDO a economia; a saúde é um colápso onde pessoas MORREM em filas e, se tratadas, correm ainda riscos de infecções hospitalares por utilização de maquinário desatualizado manuseado por profissionais despreparados e sem reciclagem; 8,9 milhões de idosos são responsáveis pelos domicílios (dados do Censo 2000), esta população de média de 5 anos de estudos, utiliza sua aposentadoria para cuidar de filhos, com mais de 18 anos, desempregados, assassinando qualquer sonho de velhice com dignidade. Fale sobre Cuba, pense como Gil no “Haiti” que está tão longe mas “é aqui”. O “regime assassino de Cuba” é tão opressivo. É assim, fácil é apontar para a casa da vizinha e dizer “ela tá cheia de problemas”, tendo você muito com que se preocupar.

Deixo-te,
Abraços fraternos do amigo,
Ayra-on
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