O conhecido articulista Stephen Kanitz escreveu que existem neste Planeta Terra somente três tipos de seres humanos.
Um tipo vive só o dia a dia. Acorda, come, bebe, faz sexo e dorme. Como os primitivos, não sonha, não planeja o amanhã.
Um segundo tipo, sonha, planeja, mas não é capaz de persistir num sonho, ou porque muda de sonhos todo dia, ou porque, volúvel, desanima facilmente.
E o desânimo, que significa a ausência de Deus em nosso interior, é o inverso do entusiasmo. Este significa o Criador presente no interior de cada um de nós.
O terceiro tipo de ser humano, aquele que realmente deixa a marca de sua passagem pela Terra, pertence a uma minoria privilegiada.
Ele é capaz de selecionar um ou apenas alguns poucos sonhos e trabalha arduamente, com teimosia e com afinco, para realizá-los.
Acontece que um sonho só se transforma em maravilhosa realidade através da persistência, companheira fiel e inseparável do entusiasmo.
Uma casa só se constrói até o fim, colocando-se, teimosamente, tijolos em pé, a cada dia.
Se derrubarem uma parede, erga de novo! Se chover muito, pare de trabalhar, mas recomece no dia seguinte ou, ainda que seja, uma semana depois! Se encontrar um erro, volte atrás e comece outra vez! É a sua casa que você está construindo! É a sua vida e de mais ninguém!
Seja o bom pedreiro de seu destino, sempre com ajuda do Grande Arquiteto do Universo.
Persista! Teime! Insista! Contorne! Refaça! Peça! Implore! Convença! Lute!
Somente assim, você chegará ao final de sua passagem por este Planeta na condição de escrever um epitáfio que valha a pena na capa de seu testamento.
Sem lutar e sem persistir por um sonho que valha a pena, a capa de seu testamento corre o risco de ter somente algumas palavras medíocres, atestando que você foi mais um que passou por este mundo sem deixar algo que tivesse marcado, com destaque, a vida que você viveu entre milhões e milhões de outros seres humanos como você.
E todo ser humano, sem exceção, pode, se desejar firmemente, ter algo marcante a assinalar na capa do livro de sua vida.
Você já tentou escrever o seu próprio epitáfio, como se hoje fosse o último dia de sua vida?
Já meditou sobre isso?
Experimente e verá como o resto de sua existência poderá modificar-se bastante.
Mário Galvão é jornalista e profissional de RP |