CRATERAS NEGRAS.
Ana Zélia
Há dias na vida da gente tão insuportáveis...
Um vendaval que passa um remanso que nos traga...
Um burburinho de vida...
Uma cratera ardente de um vulcão em erupção.
O fundo do poço...
Olhamos os lados e não vemos saída. Nos falta tudo, até mesmo a mão amiga...
Vem à mente a pergunta fria.
__ Onde estão os amigos?... A resposta é bem clara.
Eles se ausentam quando percebem o pedido de socorro.
São sempre assim, em sua maioria. Não os incomode.
Na vida temos que caminhar sozinhos...
É hora de reflexão: Cada queda, uma parada para refletir.
__ Haverá no mundo mais de um Deus?...
Não. No mundo há pessoas “pequenas”, pequenas demais com poderes passageiros.
Não possuem religião, formação, convicções...
São seres vaidosos, repugnantes, parvos como o pavão.
“ O HOMEM PRECISA SER GRANDE PARA ENTENDER QUE É PEQUENO”.
MAS “HÁ PEQUENOS ENTRE OS GRANDES”.
Se você que me ouve, ler foi vítima de pessoas assim, olhe para o alto veja o
brilhar das estrelas, elas reluzem com mais brilho nas noites escuras.
A lua cheia clareia o Universo mesmo em noites tenebrosas. Os pirilampos com seus focos pequeninos de luz, só se deixam ver às claras no escuro. É no escuro que as estrelas brilham. Assim é a vida.
TODAS AS TEMPESTADES PASSAM. É QUESTÃO DE SEGUNDOS...
Se Deus nos fecha tudo, olhe ao redor, deverá haver uma fresta deixada por Ele
para que possamos ver o sol através dela.
O fundo do poço não é a morte, as víboras rastejam e chegam aos píncaros,
devemos imitá-las e subir...
Se você se sente perdido em meio à multidão, ofereça amor, carinho, atenção e logo, logo haverá compensação...
Olhe o espelho. Somos a imagem e semelhança de Deus.
A beleza maior é a interior e esta você demonstra.
A exterior fica para os flashes dos fotógrafos e somente os vaidosos fazem uso dela.
Tudo na vida passa, passam as horas, os momentos, o tempo bom ou mal.
Os sofrimentos, bonança, a fome, sede, passa o amor e a vida.
Um só viverá eternamente Deus. Os poderosos de hoje serão as vítimas do amanhã, os fantasmas das noites escuras que merecem piedade, preces. Quem sabe perdão.
Há outro plano astral. A Quarta dimensão, nela não há lugar para os medíocres.
Manaus, 25.09.1992
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Nota da autora. Comecei a escrever muito cedo, lia discursos políticos, depois resolvi escrevê-los e após os personagens principais darem o aval eu os lia em público. Não aceito a vida sem reflexão, parece que tudo em mim foi precoce, já nos 6.5 ainda acredito que o mundo tenha jeito e que tudo depende de nós. Se conseguirmos vencer a vaidade, a ambição, as coisas mudam, o mundo melhora.
Ana Zélia
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