O monitor
Quando um comerciante ou prestador de serviços chega ao estágio de se predispor a enganar seus consumidores, é sinal de que ele atravessa um período nada bom.
O ato de vender, sabendo de antemão, que o objeto não será útil ao freguês, faz inferir que a má-fé do vendedor, pode ser maior do que o temor da possível propaganda negativa.
Às vezes, pressionado pelas dívidas, maus conselhos, amizades falsas, o nosso amigo negociante deixa-se levar pela intenção de causar dano aos seus clientes.
Se ele sentir satisfação em ter proporcionado desprazer ou sofrimento à sua "vitima", pode isso significar que o desditado não está muito bem da cabeça.
A saúde fragilizada, caracterizada por emagrecimento rápido, olheiras, tremores, angústia e ansiedade são também sinais de que o momento pelo qual passa nosso negociador não é nada favorável. Isso pode implicar em decisões equivocadas, prejudiciais às pessoas que transacionam com ele.
O sujeito que se julga comerciante pode até se dizer formado em outra área. Assim a um técnico em contabilidade, que não se deu bem na profissão, é possível tentar a sorte agindo como representante comercial. Ou a um engenheiro, frustrado com a escolha da profissão, é factível aventurar-se no comércio.
Mas se ambos, que não tiveram sucesso com as suas primeiras opções, não mudarem aquele algo responsável pelos fracassos, certamente que ele reaparecerá. E com mais força ainda.
Ora é preciso ter, antes de tudo, alguma noção do que se está fazendo. Assim, é inconcebível ao representante comercial desconhecer suas obrigações depois de ter assinado notas promissórias.
Maus comerciantes, maus técnicos em contabilidade, e representantes comerciais indignos, têm algo em comum com os políticos ladrões do dinheiro público: agem com má-fé, tendo sempre muito a esconder e a temer.
Não creio que o sujeito mal intencionado, que atua no comércio, consiga permanecer por muito tempo impune, danando as pessoas de bem.
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