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Artigos-->O malandro e os manés -- 04/01/2009 - 10:28 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O malandro e os manés







O ser honesto ou não no dia-a-dia é algo que se traz do aprendizado com os pais, durante a infância.

Assim, desde o comerciante modesto que vive do lucro conseguido com a compra e venda de sua mercadoria, até o sujeito alçado ao cargo principal do poder executivo, mostram no exercício de suas atividades, a educação que obtiveram no lar.

Consideramos que o engodar os outros para sentir-se confortável, não seja característica das personalidades muito equilibradas. E quem é que pode manter a sanidade na função de comerciante ou prefeito numa cidade, digamos, não muito propícia?

Aqui neste local mortiço, pobre, achacoso e feio, do interior do Estado de São Paulo, onde a posse do dinheiro compra a adesão de parte da imprensa e da maioria dos vereadores, também se considera vencedor e campeão o sujeito que consegue trazer para si o necessário que lhe dê o tal status buscado.

Não importa de que forma seja isso conseguido, se por fraude na balança, eleitoral, ou ocultando vício redibitório, o que importa, aos vencedores e campeões, é trazer para si a coisa almejada, podendo ser ela, tanto um diploma eleitoral como míseros R$ 50.

Não considero o comércio existente nesta cidade melhor do que o de outra qualquer. Ele tem regras, deve seguir normas, há ainda o tal Código do Consumidor, que poderia muito bem ser desnecessário, houvesse a indispensável educação que se traz do berço.

O ser comerciante não carece de escola preparatória. Basta ao candidato ter a noção de que o ganho está entre o pagar pouco na compra e o muito obtido com a venda.

Não existe segredo nisso. A coisa desanda quando o comerciante já sem credibilidade, passa a enganar os compradores vendendo "gato por lebre". Ou seja, sem a freqüência necessária ao seu estabelecimento, precisa então o tal cidadão, apelar para os tais expedientes demonstrativos da sua verdadeira personalidade.

Quem é que pode entregar seu carro para um funileiro que vive embriagado ou sob o efeito de drogas? Da mesma forma, quem é que pode voltar a uma loja, que lhe vende produtos que não funcionam?

Pode o funileiro louco de pinga, deixar de beber só para trabalhar no conserto da lataria do seu carro? Pode o comerciante acostumado a enganar, deixar de fazê-lo só porque é você o seu próximo cliente?

E na mesma linha de raciocínio: pode o ladravaz deixar de surrupiar os bens públicos só porque agora é o prefeito da cidade?

"Pau que nasce torto, morre torto", já dizia o velho ditado. Tanto faz se o indivíduo é ministro, secretário, governador, funileiro ou comerciante: ele só vai se sentir bem se surrupiar, às escondidas, aquilo que não lhe pertence.

Gente desse tipo só se sente confortável se souber que pôde engodar simplórios. Afinal, meu amigo, minha amiga e senhoras donas-de-casa, num mundo feito de malandros e otários, quem é que se conforma em ser o mané?





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