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Artigos-->Um sonho de uma noite de verão -- 07/01/2009 - 11:02 (Carlos Claudinei Talli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um sonho de uma noite de verão!



Vai aí a opinião de Janio Ferreira Soares, consultor da Secretaria da Cultura da cidade de Glória, na Bahia, sobre o recém findo campeonato brasileiro da série A:



“Acho que quando a CBF criou o Campeonato Brasileiro por pontos corridos não imaginava que o sucesso viria tão rápido. Os seus críticos, que são muitos e poderosos (Galvão Bueno à frente), não se conformam e até hoje insistem na velha fórmula de semifinais e final. Citam, como exemplos, memoráveis decisões, como a de 1980 entre Atlético Mineiro e Flamengo. Realmente, aquela partida foi uma maravilha. Pudera.



Pelo lado do Atlético estavam em campo: João Leite, Luizinho, Cerezzo, Palhinha, Éder e Reinaldo. Pelo Flamengo: Raul, Leandro, Júnior, Adílio, Carpegiani, Tita, Nunes e Zico. O Flamengo venceu por 3x2 num jogo de arrepiar, onde o genial Reinaldo, apesar de contundido, quase dava uma de Ghiggia e calava o Maracanã lotado. Mas, se por um lado não temos mais ‘a final’, temos uma nova sensação entre as torcidas, que é a celebração da mediocridade.”



Pelas minhas análises anteriores sobre o mesmo campeonato brasileiro de 2008, e principalmente pela minha sugestão reafirmada há mais ou menos 1 mês, da simples extinção do Campeonato Brasileiro da série A, finalmente, parece que alguém concorda em gênero, número e grau comigo. Realmente, nos últimos anos, estamos apenas celebrando a mediocridade!



No entanto, também parece que os tempos de vacas magras estão prestes a se encerrar. Com a contratação de Ronaldo, o Fenômeno, pelo Corinthians, ‘certamente’ voltaremos a ter craques verdadeiros no nosso futebol! Será? Duvido, e dou dó. Todos os especialistas em futebol falam que o Fenômeno não joga há aproximadamente 1 ano, desde a última contusão no Milan. Pois eu não concordo. Se puxarmos um pouco pela memória, ele não joga futebol desde a Copa do Mundo da Ásia, em 2002. Por isso, acredito que essa contratação tenha sido apenas uma excelente jogada de marketing. Agora, fazer os outros jogadores do grupo correrem vai ser outra história. Em futebol, principalmente depois da globalização e das enormes quantias envolvidas, ninguém corre por ninguém que ganha muito mais. Como no caso do Muricy Ramalho com o Adriano, eu não sei como o Mano Menezes concordou com isso.



Eu acreditava que, finalmente, depois da humilhação que foi a queda para a série B em 2007, o Corinthians tinha tomado jeito. Aliás, fatos semelhantes já aconteceram em outras épocas no Timão. Essa contratação do Ronaldo me lembra muito aquela que o Vadi Helou, ex-presidente do Corinthians, perpetrou há uns 40 anos. Só os mais provectos se lembram, não é? A vinda do Garrincha, sem os dois joelhos para o Parque São Jorge, em 1966. A atual parece uma reedição daquela. Quero estar enganado, mas, não sei não...



Entretanto, que o Ronaldo Fenômeno tem um enorme carisma, ninguém pode negar. É só ver o ‘auê’ que ele provocou na mídia mundial. Todos os principais jornais esportivos da Europa noticiaram a sua contratação. Certamente, mesmo não acreditando, todos estão torcendo pra que ele dê certo no Timão. Inclusive este colunista. Ele é diferente. Faz as suas besteiras, como todos os seres humanos, mas é boa gente. Tem os seus defeitos, mas não é mau caráter.



O mais provável é que o Ronaldo se torne apenas um sonho de uma noite de verão. E nós, como verdadeiras hienas do futebol, continuaremos na nossa triste sina de rirmos e nos emocionarmos com a celebração da mediocridade.



Triste sina a nossa. Já não basta a nossa política?



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