Um passeio pela ponte pênsil
Prosseguindo hoje, nosso passeio pela Rua do Porto, chegamos ao local vizinho do desativado Engenho Central. A foto foi batida na margem esquerda do rio Piracicaba e tem como objeto a ponte pênsil, turística, feita de madeira, que liga os dois lados do rio.
É uma construção recente, (1992), tem 77 metros de cumprimento e foi erigida justamente onde havia, no século 19, uma similar que possibilitava o trânsito de pessoas e dos produtos elaborados no Engenho Central, fabricante de álcool, açúcar e cachaça.
Consta na história do Engenho que suas instalações, ocupantes de 12 mil m2, dentro de uma área total de 80 mil metros quadrados, foram edificadas com força escrava. Até os meados dos anos 1960 ainda se podia ver as locomotivas e vagões cargueiros que transitavam pelas superfícies externas da indústria.
Nos tempos de pleno vigor contavam-se a produção 100 mil sacas de açúcar, e três milhões de litros de álcool anuais. O Engenho foi desativado totalmente em 1974.
Hoje as instalações, depois de desapropriadas pela Prefeitura, servem para sediar eventos culturais promovidos pelo órgão público.
Um passeio pelas dependências da fábrica antiga, construída em 1881, pelo barão Estevão Ribeiro de Rezende, e vendida em 1899, para a Societè Sucrèrie Brèsiliennes, pode causar espanto por causa das dimensões amplas e de aspecto sólido, reforçados, bem diferentes do que se nota nas construções modernas.
Além do frescor úmido que se percebe no local assombreado, ouve-se o trinar da miríade de pássaros e o murmúrio incessante das águas do Piracicaba.
Nas áreas imensas do Engenho e seus galpões, realizam-se anualmente a Festa das Nações, Salão de Humor e A Paixão de Cristo. Essas manifestações culturais têm como propósito angariar fundos para as entidades assistenciais e a promoção turística.
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