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Artigos-->Eddie, o mascote do Iron Maiden: um ícone britânico -- 15/01/2009 - 10:44 (Eduardo Amaro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eddie, o mascote do Iron Maiden: um ícone britânico pautado na contracultura americana.



Segundo o MaidenNorway, canal oficial de divulgação da banda inglesa Iron Maiden, Eddie seria inspirado em uma famosa foto, veiculada durante a Guerra do Vietnã. Derek Riggs, criador do personagem, inspirou-se na imagem para criar o monstro, que caracteriza a Donzela de Ferro, divulgada como estratégia do governo norte-americano para justificar a invasão no Vietnã, O interessante é que não conseguimos perceber com nitidez se a cabeça é de um vietnamita ou de um norte-americano.

O Iron Maiden usou essa iconografia para desvirtuar a ideologia pró-guerra que trazia, dando ao símbolo justamente uma significação oposta: de horror, o que para a banda é o verdadeiro significado da guerra. Pelo fato dele aparecer no primeiro cd só com a cabeça, aludindo à foto que o inspirou, os fãs, pautados em uma piada inglesa, apelidaram-no de Eddie, the head.

“Eddie tinha nascido sem corpo, braços e pernas. Só tinha a cabeça. Mas tirando esse problema de nascimento, seus pais o amavam muito. No seu décimo-sexto aniversário, eles foram a um médico, que lhes disse que poderia dar um corpo ao garoto. Os pais ficaram malucos com a novidade, porque seu filho poderia finalmente ser uma pessoa normal. Eles voltaram para casa e falaram para Eddie: "Nós temos uma surpresa para você. É o melhor presente do mundo!" ao que Eddie diz: "Ah não, outro boné, não!"

Há uma referência proposital a essa piada na música “Running Free”, que diz “Just sixteen, a pick truck, out of money, out of luck, I got nowhere to call my own, hit the gas and here I go, I’m running free” “Eu tinha apenas 16 anos, uma pick up, sem dinheiro, sem sorte, eu não tinha um lugar para chamar de meu... pé na tábua, lá vou eu, eu estou correndo livre”. Dezesseis anos... a mesma idade do garoto da piada e a mesma cabeça na capa do cd, a idéia da banda era justamente colocar em dúvida a origem do personagem, plurisignificando-o.

Essa significação guerreira de contestação dos valores sociais e políticos foi explicitada no single do álbum de estréia, quando Eddie, enfurecido, assassina (figurativamente) a então primeira-ministra e símbolo midiático inglês, Margareth Thatcher.

A banda obviamente teve a capa desse trabalho censurada e ela somente pôde vir a público no fim da década de 80, oficialmente, quando houve um entendimento do conceito contracultural – de liberdade de expressão por parte da banda em uma sociedade extremamente conservadora, como é a inglesa – e, desse modo, provou quão contestadora era a imagem, repleta de cunho crítico à política da terra da rainha.

Em outras palavras, mesmo anos depois do ápice do movimento contracultural, houve reciclagens dessa ideologia, que resultaram em vários movimentos e inspirações artístico-literárias. Esse “monstro” muito famoso foi uma delas.
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