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Artigos-->Felipão... e a Copinha! -- 22/01/2009 - 09:35 (Carlos Claudinei Talli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Felipão.. e a Copinha!

Carlos Claudinei Talli



É, caros leitores, a vida de Luís Felipe Scolari não está nada fácil na Inglaterra. Há algum tempo os torcedores do Chelsea estão pedindo a sua cabeça. A cada jogo ele é questionado, e, após qualquer tropeço do seu time, é um deus nos acuda.



Apesar da conquista do pentacampeonato pelo Brasil em 2002, eu nunca comunguei com aqueles que sempre acharam o Felipão um grande técnico de futebol. Eu o considerava um grande motivador de grupos, um verdadeiro psicólogo leigo.



Não por acaso as suas grandes conquistas - Copa do Brasil com o Crisciúma; Taça Libertadores com o Palmeiras; Copa do Mundo da Ásia com o Brasil; 2º lugar com Portugal na Eurocopa-2004 e 3º lugar com Portugal na Copa da Alemanha - sempre aconteceram em torneios disputados no sistema mata-mata, de tiro curto. Sem uma tática confiável, você consegue motivar um grupo para dar o sangue por pouco tempo, depois, o discurso fica gasto, e vem a acomodação natural.



Há algum tempo eu escrevi nesta coluna que o atual campeonato inglês seria a grande oportunidade para o Felipão mostrar que também era bom no sistema por pontos corridos. No entanto, eu tinha lá as minhas dúvidas. E, ao que parece, tinha lá as minhas razões. O seu time, o Chelsea, não está jogando nada faz tempo. Aliás, desde que o Felipão assumiu o comando.



Em contrapartida, eu também sempre considerei o Felipão um cara de muita sorte. Se puxarmos um pouco pela memória, o Palmeiras se tornou campeão da Libertadores vencendo a semifinal nos pênaltis contra o Corinthians, e a final, também nos pênaltis, contra um time colombiano.



Pois bem, na última 2ª feira eu assisti mais uma do Felipão. Era um jogo decisivo em casa contra um dos últimos colocados do torneio, um time chamado Stoke City. Até os 44’ do 2º tempo o Chelsea perdia o jogo por 1 x 0. E não é que o time do Felipão conseguiu virar o jogo nos dois últimos minutos.



E o segundo gol do Chelsea foi marcado pelo Frank Lampard, que, apesar de craque, não está jogando nada há tempos. Nos últimos jogos parecia até que estava boicotando o técnico. No entanto, para nossa surpresa, após marcar o gol da vitória, o Lampard fez questão de cumprimentar com um abraço emocionado justamente o nosso Felipão velho de guerra.



Aquele abraço deixou claro que o time todo, apesar do baixo rendimento, está unido e comendo na mão do sortudo treinador. Por isso, ainda é possível que mais uma vez o nosso Felipão consiga dar a volta por cima.



Outro tema que sempre merece um destaque especial é a Copinha São Paulo de Futebol Júnior. Neste ano eu comecei a acompanhá-la somente a partir das quartas-de-final. E não me arrependi.



Assisti a um dos jogos mais sensacionais dos últimos tempos: Cruzeiro 4 x Atlético Paranaense 5. O time paranaense abriu 3 x 1 já no início do 2º tempo. Pois bem , o Cruzeiro conseguiu a virada em 4 x 3 há 5 minutos do final. Quando todos já davam como certa a classificação dos mineiros, o Atlético Paranaense conseguiu o impossível. Final 5 x 4 para os paranaenses. E esse jogo não foi emocionante apenas pelas alternâncias no placar. Tecnicamente foi uma partida sensacional.



Em seguida, outro grande jogo aconteceu. Corinthians 3 x 0 Fluminense. O placar elástico pode sugerir que foi um jogo fácil, entretanto, os cariocas fizeram um partidaço, e o goleiro do Corinthians, o garoto André Dias, foi o melhor homem em campo. Ele inclusive fez chover, e como. Pegou tudo, e mais alguma coisa. Sem qualquer exagero, lembrou até o goleirão Banks da Inglaterra na Copa de 1970.



Ainda pelo Corinthians, um outro garoto chamou a atenção de todos, o 2º atacante Marcelinho. Ele é rápido e extremamente técnico. A maioria dos gols do Timão na Copinha saiu dos seus pés. Mas, como há 2 anos eu me dei mal ao prever o sucesso certo da então promessa Lulinha, não quero queimar a língua novamente...



A Copinha sempre tem dois grandes atrativos: praticamente todas as promessas do futebol brasileiro, antes de se mandarem para a Europa, nela se apresentam. Por isso, é uma oportunidade única de conhecer algumas revelações que, sem a Copinha, nunca veríamos atuar no nosso país, tal a rapidez com que agem os gigolôs do futebol, os empresários.



Além disso, sempre presenciamos jogos melhores do que os do nosso principal campeonato, pelo simples fato de os garotos estarem jogando juntos há 2 ou 3 anos. Desde que o futebol foi inventado, todos estão carecas de saber que são necessários 2 a 3 anos para se formar um grande time. Com o êxodo a que o nosso futebol é submetido todos os anos, só na Copinha isso é possível.



Por isso, palmas para a sempre atraente Copa São Paulo de Futebol Júnior.

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