Ambígua companheira,
Dual em si mesma
Pelos próprios sentimentos
Que causa,
Que traz...
Na sua ira disse o poeta:
Sem demora a deixaria,
Cortaria o elo,
Quebraria as cadeias,
Romperia os os laços.
Talvez não fosse tão fácil ...
Num vislumbre repentino
Deu-se conta que sem ela
Um vago existia.;
A poesia era morta.
Não mais sentimento,
Pensou ele.
Quem sabe não fosse melhor assim...
Quem há de saber?
Até quando durará?
Ah, nobre poeta,
Mal sabes tu
Que teu choro na noite virá.
Antes que o notes,
Então torrente-turbilhão
Dos teus olhos brotatrão,
Molhando não somente tua pele alva,
Como também tua alma.
Inundado todos os teus recônditos,
Encharcando todo teu ser.
É mescla de choro-saudade,
De quem amou de verdade,
Inseparável em todas as horas,
Sua "doce " SOLIDÃO.
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