Quando o dia se desfez nos braços da noite
Teu nome nasceu na escuridão do meu silêncio:
-Monica!
Sim, sem termo, límpido.
A fonte que inundou num dilúvio,
A aragem abandonada dos meus campos do amor,
E eu te senti inteira
Como os raios do Sol que banham a Terra na vitória contra as trevas.
Monica, onde estão teus olhos?
Sim Monica... Teus olhos!
Vem que os meus já não brilham sozinhos,
Já não enxergam e se perdem,
Dissimulados e falsos no labirinto da cidade de pedra
À procura da verdade dos teus…
Vem que até as flores se vingam de mim
Arrancando da raiz meus sonhos de sentir o aroma
Da tua pele morena.
Monica me dá teu corpo
Que nele quero morrer sem dor, dissolvido em cada poro,
E renascer na tristeza de te ver sempre tão perto,
Sempre tão longe…
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