Quero rolar na grama molhada, sentindo o peso da tua bota a me maltratar o abdome.
Quero apanhar na cara, levar cusparada e ser por ti penetrada em praça pública.
Quero ser marcada como gado, trazendo tuas iniciais registradas em pequena argola presa a meus lábios vulvares.
Quero ficar de quatro, rebolar arregaçada te conduzindo como égua saltadora.
Quero, por fim, lamber teu sapato e chupar teus dedos um a um.
Se me prenderem ou apedrejarem – não ligo nem me importo.
Só o que me fere e mata é ver o desprezo e a indiferença gravados em teu olhar.
02/10/02
|