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Artigos-->Quando a verdade aparece -- 11/02/2009 - 21:55 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando a verdade aparece



Fernando Zocca



Veja o que faz a inveja: o atacante Robinho foi acusado de assédio sexual e os queixosos dirigiram-se a uma delegacia de polícia em Londres, onde fizeram o que nós aqui conhecemos como Boletim de Ocorrência, ou o registro dos supostos fatos.

Podemos dizer que a sorte do jogador brasileiro deu-se exatamente no momento em que os reclamantes formalizaram a acusação. O pior seria se espalhassem o boato por todos os lugares da cidade, do estado, do país e do mundo, sem que o acusado sequer tivesse a noção de que falavam dele.

Se você acha isso pouco provável de acontecer, saiba que não é impossível. Sobre uma mentira como essa, podem até se eleger políticos corruptos, tais como vereadores, prefeitos e deputados.

É conhecida em Piracicaba a história de um casal de irmãos abandonados na companhia do pai alcoólatra, pela mãe que fugira com um motorista de caminhão. As crianças foram morar na casa dos avós paternos e permaneciam sob os cuidados de outros tios.

Esse pessoal todo tinha um bar montado no térreo de um sobrado velho, existente até hoje numa esquina famosa na cidade, e no qual faziam também o jogo do bicho. A história de abandono, adultério e violência doméstica chegou ao conhecimento de um radialista, que por ser também alcoólatra bebia habitualmente naquele local.

As crianças cresceram e ao chegarem à adolescência, por viverem muito juntos, agarrados mesmo, numa perigosa promiscuidade, houve o defloramento da jovem, pelo irmão.

Para evitarem os furores e a violência que recairia sobre eles, criaram a história de que seria um freqüentador do boteco o autor do estupro. Não houve queixa na delegacia, mas o boato foi espalhado pela vizinhança, pelos bares e muitos setores da cidade. Só o incauto não sabia que diziam ser ele o autor do crime.

O sujeito nem desconfiava que a presença de uma das tias da suposta vítima de estupro, na sala de aula do cursinho que ele fazia, era fruto das atitudes de vingança provocados pelo boato.

A indignação contra o suposto estuprador era tanta que a família arregimentou pessoas da imprensa, do rádio, das delegacias, dos correios, do funcionalismo, do movimento gay, do movimento negro e prostitutas, com o fim de levar o sujeito à cadeia ou ao sanatório.

A ação contra o ingênuo foi crescendo e os que se dispusessem a manter seus cargos eletivos ou os conseguir por meio de eleições, só o conseguiriam se tivessem como meta a segregação do suposto violador.

E foi assim que bêbados tais como o radialista, conhecidíssimo na cidade e, muitas outras mediocridades, que não tinham nada para apresentar à sociedade a não ser a promessa de danação da vítima, tiveram seus cargos assegurados.

Hoje em dia, a suposta vítima de estupro, depois de ter sofrido muito e estar arrependida do mal que fez, de ter arregimentado uma multidão de pessoas que cometeram o falso testemunho, freqüenta uma igreja evangélica, onde arrumou o casamento que lhe deu filhos.

Sorte do Robinho que fizeram a queixa. Ele pode se defender. Se não provarem o que alegam, o feitiço virará contra o feiticeiro. E é o que se espera que aconteça.

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