Usina de Letras
Usina de Letras
17 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62287 )

Cartas ( 21334)

Contos (13268)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10389)

Erótico (13574)

Frases (50677)

Humor (20040)

Infantil (5459)

Infanto Juvenil (4781)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140819)

Redação (3310)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6211)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->O negócio futebol! -- 17/02/2009 - 10:52 (Carlos Claudinei Talli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O negócio futebol!

Carlos Claudinei Talli



Em meados de 2005, uma notícia alvissareira para os amantes do futebol bem jogado surgiu nos meios esportivos de comunicação. Por iniciativa da Fifa, qualquer tipo de carrinho no futebol seria banido, pela frente, por trás e pelos lados. Essa medida visava garantir a integridade física dos atletas tecnicamente mais bem dotados.



Como não poderia deixar de acontecer, eu enxerguei no banimento do carrinho a solução para a maioria dos casos graves de violência dentro de campo.



Pouco tempo depois, no entanto, uma nova comunicação da entidade máxima dizia que a coisa não seria bem assim. Que a punição para os jogadores que praticassem o carrinho dependeria da interpretação do juiz, caso a caso. Foi o chamado balde de água fria. Já dava para perceber que tudo ia continuar como antes. E não deu outra.



O criminoso carrinho continuou a ser praticado pelos menos dotados, e os ‘crimes hediondos’ continuaram a acontecer dentro das quatro linhas.



Desde que o mundo é mundo, para se resolver os problemas que ocorrem nos relacionamentos entre seres humanos, é necessário vontade política. E isso, tanto no Brasil quanto fora dele, historicamente, depende dos interesses envolvidos.



Desde quando o processo da globalização se inseriu no futebol, com as altas somas envolvidas, nivelar por baixo a qualidade técnica dos times foi o caminho seguido pela abjeta Fifa. Com esse procedimento aumentavam-se as chances dos times menos dotados.



A Copa do Mundo da Alemanha ainda está fresca na nossa memória. A Itália, com o seu odioso futebolzinho defensivo, e com os seus ‘Materazzis’ da vida, foi a campeã. Já na Copa anterior, na Ásia, a inexpressiva Turquia ficara em terceiro lugar e a Coréia do Sul em quarto, usando as mesmas `ferramentas`.



Assim, para times recheados de brucutus por todos os lados, o detestável carrinho se tornou uma das armas prediletas e mais importantes. Quando um cabeça de bagre dá um carrinho, seja de que jeito for, tudo pode acontecer. Mesmo que o brucutu não tenha a intenção de quebrar a perna do adversário mais habilidoso, o risco é grande. A história do futebol é pródiga em casos em que se deu o pior.



Para nós, brasileiros, a grave contusão sofrida pelo fora de série Zico também ainda está na nossa memória. Depois daquela lesão, ele viu a carreira ser abreviada e nunca mais foi o mesmo. E tudo por causa de um brucutu protegido pelas odiosas leis referendadas pela veneranda, ultrapassada e interesseira Fifa!



É, caro leitor, quando o lucro se torna o único objetivo a ser atingido, em qualquer atividade humana, o resultado é sempre desastroso.



Eu resolvi escrever este artigo porque ontem, 16/02/2009, finalmente, no Emirates Stadium, em Londres, contra o Cardif City, ocorreu o retorno ao futebol em alto estilo do habilidoso brasileiro naturalizado croata Eduardo da Silva, marcando dois gols na vitória de 4 x 0 do Arsenal.



Por coincidência, em 23/02/2009, daqui há aproximadamente uma semana, portanto, se completará um ano daquele criminoso carrinho perpetrado pelo Martin Taylor, jogador do Birmingham na época, que fraturou a perna do Eduardo da Silva. Justo na hora em que o brasileiro estava se firmando como titular no concorrido time londrino.



E a mercantilista Fifa calada como sempre...



E tudo em nome do sucesso da globalização no futebol, com a sua busca frenética pelos bilhões de euros gerados pelo negócio futebol.



O negócio vai muito bem. O futebol vai muito mal.









Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui