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Artigos-->É preciso mudar o perfil! -- 05/03/2009 - 14:14 (Carlos Claudinei Talli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
É preciso mudar o perfil!

Carlos Claudinei Talli



Hoje vou abordar um tema que, devido à insistência com que é colocado, se tornou no mínimo curioso.



Há vários anos se repete ao esgotamento a seguinte afirmação: na lateral direita da seleção não aparece ninguém para substituir o lendário Cafu. O mesmo se dá na lateral esquerda em relação a Roberto Carlos.



Curioso, o futebol brasileiro, tão pródigo em revelar jogadores foras de série para todas as outras posições, não consegue produzir nenhum que possa substituir os já lendários Cafu e Roberto Carlos?



Ou eles foram dois monstros sagrados de uma técnica igual ou superior àquela de um Leandro, de um Djalma Santos, de um Carlos Alberto Torres, de um Newton Santos ou de um Júnior, ou alguma coisa muito errada existe nessa avaliação.



Apesar de considerar o Cafu e o Roberto Carlos dois excelentes jogadores, muito acima da média, e que com justiça foram titulares absolutos da seleção por mais de uma década, duas verdadeiras unanimidades dentro e fora do Brasil, estou tendendo a aceitar a 2ª hipótese.



Todos os grandes laterais direitos e esquerdos, que esse país produziu, atacavam poucas vezes durante uma partida e usavam esse procedimento como o elemento ‘surpresa’. Eles desciam para o ataque apenas quando enxergavam uma real possibilidade de fazer um cruzamento perfeito na cabeça de um atacante ou para definir o lance e tentar o gol. O 4º gol do Brasil contra a Itália, no México, em 1970, é um exemplo emblemático desse comportamento. Agora, descer para o ataque só por descer, como ocorre rotineiramente com os alas modernos, é uma total perda de tempo.



É exatamente aqui que eu enxergo aquele algo de errado que existe na avaliação dos possíveis substitutos do Cafu e do Roberto Carlos na seleção. O que se está querendo encontrar é um verdadeiro maratonista ou um corredor de 100 metros, e não dois foras de série das laterais direita e esquerda. Vai ser muito difícil encontrar dois jogadores com as características do Cafu e do Roberto Carlos. Geralmente, quando um jogador é bom tecnicamente, não é fisicamente superdotado. As duas coisas ao mesmo tempo só aconteceram com o Cafu e com o Roberto Carlos. Mesmo porque, se voltarmos um pouco no tempo, os grandes laterais que o nosso país conheceu nunca foram atletas fisicamente superdotados.



Para corroborar o que estou colocando, é só lembrar de como jogavam Leandro, Djalma Santos, Carlos Alberto Torres, Newton Santos e Júnior. Corriam apenas o estritamente necessário. E jogavam uma barbaridade. Cobriam a defesa com uma inteligência digna apenas dos monstros sagrados da contenção, e, repetindo o que já coloquei antes, iam para o ataque somente quando sentiam que iriam surpreender a defesa contrária. Nunca se desgastavam em vão.



Se simplesmente mudássemos o perfil do jogador para essas posições, privilegiando atletas mais técnicos que tenham as qualidades de jogadores de meio de campo, e que possuam também potencial ofensivo, seria tão fácil encontrar substitutos para as duas laterais como o é para todas as outras posições. Ao contrário dos europeus, o nosso país é pródigo neste tipo de jogador.



Pra encerrar, aí vão quatro nomes que poderiam ocupar a posição de lateral com a máxima competência, e que poderiam propiciar à nossa seleção uma rotatividade de funções digna apenas dos grandes esquadrões da história: Daniel Alves, Renato (aquele do Santos e que está no Sevilha), Adriano (Sevilha) e o nosso Elano velho de guerra. Além destes, o Josué, o Lucas, o Denilson (do Arsenal), o Anderson e mais um caminhão de outros mais...



Novamente vou repetir: teríamos um time com a mesma cara do Flamengo do início dos anos 1980, só que com mais qualidade, e da seleção brasileira de 1982, com o mesmo nível daquela. Puxa vida! Que saudades da orquestra sinfônica de mestre Telê! No mínimo, o nosso jogo se tornaria menos previsível para os nossos adversários...



Não estaríamos muito mais bem servidos do que com essa enfadonha seleção brasileira dos últimos anos e das atuais eliminatórias? Eu vou falar só mais uma coisa: eu não agüento mais empatar em 0 x 0 contra ‘esquadrões’ do tipo Venezuela e Bolívia em pleno Maracanã...



Pra mim chega...





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