Usina de Letras
Usina de Letras
237 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62152 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13567)

Frases (50555)

Humor (20023)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140788)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6177)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->POBRES VAGA-LUMES! -- 14/03/2009 - 19:16 (Ana Zélia da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:131420477518337200
POBRES VAGA-LUMES!

Ana Zélia



Focos de luz perdidos na noite escura.

Noites tenebrosas. Fascínio de bandidos.

Na escuridão dos becos, as mortes com autoria desconhecida.

Nas festas, boates, discotecas, bois, o fascínio das galeras.

A mediocridade de tantos que se deixam levar pelo brilho das luzes, das lâmpadas, enquanto engordam as contas bancárias de outros...

Músicas alucinantes, drogas, às cabeças ocas de jovens sem perspectivas...

VAGA-LUMES! Emites um foco a chamar o macho atraindo a teus encantos.

VAGA-LUME! Bordel na cidade onde a Zona é Franca.



Por que fez Deus as trevas e a separou do dia?...

Talvez para encobrir as coisas boas da vida. Ofuscar o sol que tanto brilha que aquece os desgraçados nas noites frias.

Seria castigo de Deus tanta agonia nas noites? Ou prêmio pela orgia?...

Se tivéssemos um caderninho veríamos que a noite cai, tudo se modifica.

Os ladrões saem das tocas, os ratos dos esgotos...

Acrescem as mortes sem autoria, as galeras se soltam, os prontos socorros incham com tantas vidas, tanto sangue derramado, tanta agonia...



Filhos que não respeitam seus pais encontram como profissão três grandes categorias: Tratoristas usam as esteiras para passarem a limpo suas vidas...

Arqueiros. Atiradores de flechas, não deixam sobreviventes e os atiradores de facas que amedrontam, sufocam, matam.

Fora disto são parasitas que sugam, sugam pobres vaga-lumes sem brilho...



Meu Deus! Odeio a noite como se ela me fosse a visão perdida.

Os cegos conhecem os amigos pelo cheiro, possuem medo. A maioria é inimiga.

Odeio a noite porque é nela que os monstros do volante aceleram e deixam suas vítimas no asfalto sem testemunhas, como fizeram com meu pai, trabalhador, vendia peixes na feira. Já tinha fechado a banca quando uma freguesa pediu que a atendesse, ao atravessar a pista foi morto e até hoje desconhecemos o motorista assassino.

Odeio a noite porque é nela que os amantes apaixonados cravam suas facas em busca de reconciliação, em que os ladrões matam por nada.

Odeio a noite porque a cidade dorme, enquanto as “feras” destroem o circo. A partir das 5h. os prontos socorros se agitam, é mais uma noite maldita.

__ Meu Deus! Não me deixe morrer quando o sol se foi, porque a noite só um dia é bela.

A noite de lua-cheia é bela. A noite de lua cheia pela vida que dá aos lobisomens que uivam, uivam. Meras fantasias. E ainda dizem que a noite é uma criança

Talvez, quiçá, destas ABANDONADAS, das CANDELÁRIAS DA VIDA.

MLDITA NOITE QUE AMEDRONTA, QUE EXTERMINA OS BONS, DANDO VAZÃO AO MAL.

É a vida.

Manaus, 22.01.1994 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

















Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui