um vento de pétalas percorre a pele num arrepio de ternura, o corpo inicia a sua maré: inventa ondas que anunciam o devir descontínuo: vai e vem a espuma na orla da foz:
toco o meu ou o teu corpo, na confusão dos nossos
membros enleados: castelos de plasma são desfeitos
no confluir das sensações: procuramos os odores que confundem os sentidos: simbióticos, úmidos, urgentes na trilha vincada:
a rota secreta de beijos a murmurar espasmos planos: de um vôo súbito que sabe o infinito a fugir das mãos torrente: que deságua entranhas em alma liquida de prazer e nem mais, apenas riso fluido que escorrega do corpo inventando veredas pelo caminho ardente da pele:
uma lareira de desejo em reconstrução ferve
e alimenta as paixões que se renovam em cada
olhar: o íntimo descobre o odor profundo das (...)sensações intangíveis e pairam neste átimo entre o intenso e o infinito enseada:
onde os corpos rendem-se ao abismo orgástico ato plural de esculpir o imponderável da paixão
nas formas impunes que só o olhar traduz em sorrisos silêncio de toques sussurrados na pele em chamas de poros que queimam a palavra
e soletram em espasmos a silaba final de amor e paz.
---------------autores: Clivânia Teixeira e
--------------- Daniel Veiga