Há quem diga que se pode confiar integralmente no que uma criança fala, mas, sem dúvida, existem algumas restrições cabíveis.
Ana, grávida pela segunda vez, saiu de carro com o filho que aniversariaria em breve. A intenção única desta saída era deixar o primogênito fazer o convite para sua festa de quatro anos à pediatra que acompanha a família desde a primeira gestação.
Contudo, infortúnios acontecem a toda hora.
Ana começou a se sentir mal. Seu problema era tal que tinha que ser rapidamente resolvido em um banheiro. Lembrou que a escola do filho estava próxima e para lá se dirigiu. Deu uma desculpa boba na portaria para entrar ali e, puxando o seu garoto, correu para o banheiro. Como não queria deixar o menino solto pela escola, puxou-o para o reservado. Mas ele não ficou preso por muito tempo. Logo o menino começou a reclamar da fetidez e pediu para sair.
Uma vez resolvido o contratempo, Ana apanhou o filho e foi ter com a pediatra amiga.
Já no consultório, Ana falou.
- Diga, meu filho, o que você veio fazer aqui.
- Doutora, vim pedir um remédio para minha mãe, que ela está com uma caganeira que não tem quem suporte.
Não é sempre que se pode confiar no que uma criança fala.
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