Ontem numa conversa com um cidadão proveniente de Sorocaba, pude saber que ilustríssimo senhor professor doutor, prefeito de Piracicaba, Barjas Negri (PSDB), liberou para o tráfego, a estrada que margeia o rio Piracicaba, conhecida como estrada do Bongue.
Antes de tudo é bom avisar que considero as ações do cidadão eleito, como parte de tudo aquilo que deve ser feito, em virtude do cargo que recebeu do eleitorado.
O senhor prefeito não fez nada mais do que a sua obrigação ao duplicar aquela estrada. Afinal, o trânsito tanto de caminhantes, como de bicicletas, automóveis e caminhões é bem intenso, em virtude da aglomeração demográfica e urbana que se observa.
Ainda considero a cidade pouco desenvolvida. Seu comércio não é dos melhores, a indústria bastante limitada e, a cobrança de impostos extremamente altiva.
Com o auxílio da imprensa provinciana, os ocupantes da prefeitura alardeiam aos quatro ventos toda e qualquer inauguração, seja de asfaltamento sobre os paralelepípedos, ou sobre a fixação de uma nova ponte de concreto. Repito: a administração municipal não faz nada mais do que lhe obriga a lei.
Todos sabem que a Câmara Municipal de Piracicaba não tem autonomia. Isto é, o poder legislativo está sob as diretrizes da ideologia professada pelo PSDB, não havendo, portanto, o contraditório que se observa nas democracias saudáveis. Podemos ousar dizer que Piracicaba ainda vive um tempo de “autoritarismo”, mas de forma mais leve, mais branda, mais delicada.
A cidade elegeu dois deputados, um federal do PSDB e outro estadual, do PPS, mas nem por isso pode a urbe orgulhar-se de pairar sobre suas vizinhas, no ranking das mais desenvolvidas da região.
Até mesmo as multinacionais, que há décadas aqui se instalaram, ocupando terrenos doados, e recebendo isenção de impostos, demonstram, no momento atual, fragilidade econômica ao demitirem centenas de trabalhadores.
Outro fator que ressalta aos olhos dos pagadores de impostos é o atendimento à saúde da população. Uma mísera consulta, numa instituição pública pode consumir horas e horas do tempo do utente, que se perde na forma de espera.
Já é chegado o momento para que esses que se dizem responsáveis pela cidade, façam alguma coisa a mais do que a mera obrigação.
|