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Artigos-->O fora de série! -- 26/03/2009 - 20:24 (Carlos Claudinei Talli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O artigo a seguir foi escrito no início de 2005, justamente quando o São Paulo do então técnico Émerson Leão acabara de se sagrar Campeão Paulista. Na seqüência, já com Paulo Autuori e Murici Ramalho, o tricolor paulista levantaria três títulos brasileiros, uma Taça Libertadores e um título mundial. E naquele texto saltava aos olhos o quanto eu esperava do desempenho do garoto Robinho, que ainda jogava pelo Santos. Hoje, devido àquela elevada expectativa, estou bastante decepcionado com o que o ex-santista está apresentando no Manchestert City. Aliás, a mesma coisa já acontecera no Real Madri. O garoto está enfiando no nariz um potencial que raramente aparece no futebol contemporâneo... Deus demora para colocar tanto potencial numa só pessoa... E o São Paulo velho de guerra ainda continua do mesmo jeito, faturando tudo o que aparece pela frente. Só que daquele mesmo jeitinho... Por tudo isso, acho que vale a pena a presente republicação.



O fora de série!

Carlos Claudinei Talli



Em artigo anterior, eu afirmei que não conseguia assistir a um jogo inteiro em que Barcelona, Real Madri, Milan, Chelsea, Manchester United ou Santos, um deles pelo menos, não estivesse participando. E eu continuo pensando assim, mesmo após a eliminação dos dois times espanhóis na Liga dos Campeões da UEFA.



E porque tenho essa rejeição aos demais times?



Simplesmente porque eles não têm nenhum fora de série nos seus elencos!



Nos jogos em que um daqueles seis times está presente, a qualquer momento uma grande jogada pode acontecer. Nos outros, é uma pasmaceira de causar enjôo!



Considerando-se o que está ocorrendo no atual campeonato paulista, sem nenhuma dúvida o São Paulo é o time mais bem dirigido e mais equilibrado, no entanto, mesmo com as inúmeras vitórias e o título conseguido, nenhum de seus jogadores joga de uma maneira imprevisível, marca registrada dos chamados foras de série. O tricolor ganha os jogos pela força do seu conjunto e por estar sendo dirigido por um dos melhores técnicos da atualidade. Mas, não encanta, não arrebata.



Em contrapartida, o Santos, apesar dos últimos acontecimentos e de alguns tropeços, joga o jogo que todos querem ver, que a qualquer momento pode levar o torcedor ao êxtase. E tudo por causa de um único jogador, o garoto Robinho.



E eu, que tanto tenho defendido o futebol que mostre um perfeito equilíbrio entre contenção e ataque, percebo que a presença de pelo menos um fora de série é essencial. Lembrando uma das mais famosas frases do inesquecível Vinícius de Moraes, e parodiando-a, ‘os jogadores apenas esforçados que me desculpem, mas criatividade é fundamental’!



E isso me leva a fazer uma pergunta: os torcedores do São Paulo, e os outros também, conseguem imaginar como o seu time se comportaria se, nesse momento favorável, contasse com o futebol genial do garoto Robinho?



Apenas fazendo uma conjectura, acredito que, talvez, só com essa mudança, o São Paulo se tornasse um time quase imbatível, provavelmente até melhor do que o atual Santos. O tricolor paulista tem um goleiro de seleção, dois excelentes laterais, um miolo de zaga de primeira, dois volantes que, apesar da força na contenção, também sabem sair para o ataque com eficiência, um armador que só precisa aumentar um pouco sua auto-estima, e três atacantes muito bons. Entretanto, falta-lhe um jogador fora de série. E, infelizmente, é esse ‘pequeno’ detalhe que faz a grande diferença!



Em outras épocas, um outro menino genial transformou o Santos F.C. no melhor time de futebol do mundo, em todos os tempos. Alguns especialistas dizem que naquele quadro só jogavam craques e que, por isso, Pelé pôde realizar todas as suas façanhas. Pois bem, eu vou correr o risco de cometer uma heresia futebolística, no entanto, acredito que aquele Santos lendário, sem a presença do Rei, teria sido um excelente time, mas nunca teria chegado ao Olimpo do futebol.



Do mesmo modo, hoje, guardadas as devidas proporções, eu enxergo a mesma relação excludente no Barcelona, sem Ronaldinho Gaúcho; no Real Madri, sem Zidane e Ronaldo; no Milan, sem Kaká; e no atual Santos, sem Robinho.



Já com os ingleses Chelsea e Manchester United, esse diferencial acontece pelo jogo rápido, de primeira, que alguns técnicos conseguem introduzir em suas equipes. E, mesmo sem grandes foras de série, o futebol desses times tem uma velocidade e uma plasticidade que agradam aos olhos. É lógico que, para alcançar semelhante resultado, a base desses times e seus técnicos são mantidos por vários anos, até que os resultados começam a aparecer. Por exemplo, no Manchester United, sir Alex Ferguson está há mais de duas décadas como seu diretor técnico, e, no Chelsea, o português José Mourinho acaba de receber uma proposta para assinar um contrato com a duração de 10 anos. Percebe-se, claramente, que a mentalidade inglesa é bem diferente da nossa.



Agora, vocês já imaginaram se num mesmo esquadrão pudessem jogar 5 ou 6 monstros sagrados, do naipe dos acima lembrados? E se o seu técnico conseguisse imprimir a dinâmica dos times ingleses? O que aconteceria?



Pois bem, nós, os brasileiros, somos os torcedores mais privilegiados em todo o mundo. Só nós podemos formar uma Seleção Nacional com essa potencialidade.



Só que, desde 1982, nada acontece...



Em tempo: hoje, 26/03/2009, dá pra perceber a importância que um fora de série ainda tem num time de futebol. É só ver o ‘auê’ que o Ronaldo Fenômeno está provocando no Corinthians. Mesmo em final de carreira e fora de forma...





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