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Artigos-->Maquiavel, Niccolò (di Bernardo dei) -- 01/01/2002 - 22:23 (HENRIQUE MÉRO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Maquiavel, filósofo, escritor e pensador político, nasceu em Florença no dia 3 de maio de 1469, numa Itália do Renascimento onde a desordem e a instabilidade estavam incontroláveis. Para agravar a situação já conturbada em função dos conflitos internos entre os principados, somaram-se as desestruturadoras invasões dos países próximos, tais como a França e a Espanha.



Nesse cenário, onde Maquiavel viveu principalmente durante a sua infância e adolescência, surgiram suas avaliações morais do campo político, até que, após sua frustrada exclusão da vida pública, foi iniciada a elaboração de sua obra: O Príncipe (1513), Comentários sobre os primeiros dez livros de Tito Lívio (1513-1519), O asno de ouro (1516-1517), Da arte da guerra (1519-1520) e A mandrágora (1520).



Ao expor suas convicções, não compreendidas por muito tempo, Maquiavel expressa nitidamente a vontade de promover uma nova ordem política, avaliando as condições nas quais se vive, e não nas condições segundo as quais se deve viver. Em O Príncipe, é criada a figura do “príncipe ideal”, a fim de despertar um sentido diferente de unidade cívica. Já em seus poucos lidos Comentários sobre os primeiros dez livros de Tito Lívio, a república com uma constituição mista é modelada tal qual era adotada na Roma Antiga, ressaltando a importância de uma cultura política incorruptível e de uma vigorosa moral política.



Maquiavel, assim, não é o vilão que as pessoas imaginam ou imaginavam. Equivocado é o significado que é dado ao termo maquiavélico ou maquiavelismo, amplamente utilizado nos discursos de debate político, visto que a sua associação aos procedimentos astuciosos, velhacos ou traiçoeiros só demonstra a incompreensão dos ideais por ele defendidos.



Provavelmente o termo tenha surgido em função da famosa frase “os fins justificam os meios”, que na verdade é utilizada fora do contexto original. Ele não desprezava os fins, os objetivos, mas sim os colocava em seu devido lugar: no centro de planejamento de qualquer ação política.



Para Maquiavel, a arte de governar é essencialmente estratégica e pode ser definida na conformidade dos seguintes pontos: definir o objetivo, enxergar a realidade como ela é, refletir sobre os meios para a realização da situação desejada, rever os objetivos a partir desta reflexão e, finalmente, pensar nas táticas que podem ajudar a concretizar o objetivo mediante um processo gradual de metas realistas e concretas.



Ao contrário de Aristóteles, Maquiavel não recomenda a prudência, visto que o risco deve ser considerado em certos momentos. A coerência, sim, é que deve estar contida na arte de governar, sem medir esforços ou hesitar, a fim de manter essencialmente a integridade nacional e o bem do povo.



Maquiavel deixou um valioso acervo de informações, aplicável a todos os tempos, vez que seu trabalho revolucionou a história da política, constituindo um importante marco que modificou o fato das teorias do Estado e da sociedade não ultrapassarem os limites da especulação filosófica. Sua obra, que ao longo do tempo se transformou no verdadeiro manual da política, trouxe imensa contribuição para os governantes, para os políticos e, fundamentalmente, para o povo.



Governar, segundo Maquiavel, significa arrancar do homem a sua maldade natural, tornando-o primordialmente bom.
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