Feche os olhos, não pense, escreva, não apague,
vá a novas linhas, não volte atrás, o atrás é atraso, e não quero mais parar,
erros são erros, vamos aprender com eles,
façamos pactos com os erros,
tracemos novos caminhos com eles, nem que tenhamos que refazer todo o caminho de novo,
o novo é que é o bom, o bom, o bom,
o que renova a vida,
transforma a morte em coisa passageira, mesmo que um dia ela venha,
um dia tudo vem, é inevitável,
mas isso agora já não importa, e viver inspirado em viver, não vai ser coisa do passado,
mesmo que eu já tenha escrito isso algum dia, vou calar a boca e escrever o que eu sonhei,
sonhei com isso com aquilo com tudo, e tudo cabia numa folha de papel, ou numa tela do pc,
escrito a dedos, já que lápis não há mais, o tudo que eu vi era grande,
mas ainda assim saia da minha cabeça, pasava pelo meu braço e voava dos meus dedos
como borboleta pousando em flores,
tristes solitárias, coloridas, imaginárias. Flores que me revelam,
ai o que será,
não consigo ler nas linhas que passam a seiva?
a seiva bruta? mas ingênua...
eu não quero ler,
as linhas da vida, de uma flor que vai ser colocada em cima de um caixão. |