Há algum tempo o jornal A Tribuna publicou matéria sobre uma palestra importante havida na Câmara Municipal de Piracicaba. Dentre outros palestrantes estava o vereador José Aparecido Longatto (PSDB), presidente da entidade, que confirmava, diante de centenas de autoridades presentes, a necessidade que tem o candidato a cargo eletivo, de presentear o eleitor para obter votos.
Estavam no local o deputado estadual Roberto Morais (PPS), o deputado federal Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB), o juiz eleitoral Wander Pereira Rossette Júnior, vereadores e políticos de outras cidades.
As declarações do presidente do legislativo piracicabano chocaram os demais, mas não deixaram de expressar a verdade sobre o que realmente acontece na cena política de Piracicaba.
Dizia a autoridade do legislativo, aqui de Piracicaba, que se o postulante ao cargo eletivo não der aos eleitores cestas básicas, dentaduras, camisas, uniformes para times de futebol, passes de ônibus, pagar suas contas de água e de luz, não tem mesmo qualquer possibilidade de obter o cargo almejado.
Então o leitor inteligente do Blog pode perguntar: “Mas se eu não tenho dinheiro como posso distribuir “alegria” entre o eleitorado, garantindo a esperança de receber no mínimo os 48 salários como representante do povo?”.
Seria muita ingenuidade, idiotice até, não acreditar na possibilidade dos superfaturamentos praticados por algumas empreiteiras, que repassariam depois, o dinheiro público, em forma de doação prevista em lei, aos partidos encarregados de adimplir as contas dos seus candidatos.
Para quem não deu presente nenhum nas duas campanhas das quais participou, uma pelo PDT e outra pelo PSDB, até que os 30 votos recebidos foram suficientes.
(Fernando Zocca)
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