acolhe pegadas e decisões,
imprime hesitações em eco
e pó agregado em nuvem interior:
deixa que a respiração te afague
quando descanso, que o peito
te toque em vái-vens extenuados.
solo a solo,
chão de matéria e voo
em projecto e sonho.
tecto da sola, pára-raios
da fúria das derrotas,
gravidade do gesto:
sê rampa para o salto
em frente e pista
para a queda urgente.
pisa as dores que ficam
pelo caminho, decora
as veredas com espinhos.
assola-me na tua sedução
convidativa, massaja
os pés que te assediam.
solo ou céu do magma
e das entranhas:
permanece e vibra. |