Brasil 3 x 0 Peru
Carlos Claudinei Talli
Na quarta-feira, 01/04/2009, em Porto Alegre, contra o Peru, que mais pareceu uma galinha morta, fizemos estritamente a lição de casa. Após esta rodada, o Peru se mantém na última colocação, cinco pontos atrás da Bolívia, que massacrou a Argentina em La Paz por inacreditáveis 6 x 1. Talvez essa seleção peruana seja a pior de todos os tempos, mesmo porque alguns dos seus melhores jogadores, como o Pizarro e o Farfan, estão afastados há algum tempo por mal comportamento. Com eles o time já era ruim, sem eles...
Em relação à partida, fica difícil analisá-la, tal a fraqueza do time peruano. Quando você não tem nenhum adversário pela frente, as coisas ficam enormemente facilitadas, e, inclusive, uma atuação sofrível pode dar a falsa impressão de que foi boa. E ainda o Brasil teve a sorte de, justamente quando as coisas poderiam se tornar mais difíceis pela possível retranca peruana, acontecer o pênalti claro em Kaká. Em seguida veio aquele gol em impedimento do Luís Fabiano, e o pobre Peru se entregou completamente. Se não me falha a memória, me parece que o Peru conseguiu chutar apenas uma bola no gol brasileiro, exigindo uma única defesa do nosso excepcional goleiro. Foi um descanso merecido para o São Júlio César.
Agora, mesmo nesse jogo contra ninguém, um quase solteiros contra casados, poucos jogadores corresponderam. Além do Júlio César, incontestável, Daniel Alves, Felipe Melo, Elano, Kaká, Robinho e Luís Fabiano se destacaram. Aliás, mesmo naquele quase desastre de Quito, os nossos dois atacantes, Robinho e Luís Fabiano, nas poucas bolas que chegaram, jogaram relativamente bem. E o Robinho continua naquele caminho inexplicável de jogar bem na seleção, e pessimamente no Manchester City. Já o Fabuloso está na sua melhor fase. Nas poucas oportunidades que tem, raramente decepciona.
Os destaques negativos, mais uma vez, e nos dois jogos, foram o Gilberto Silva, que continua naquele seu joguinho característico, lento e improdutivo, e o Ronaldinho Gaúcho, totalmente fora de forma e de ritmo.
Aliás, o Gilberto Silva passou quase 3 anos na reserva do Arsenal da Inglaterra, e só nos últimos 6 a 7 meses voltou a jogar, agora, no Panatinaikos da Grécia. Mas, mesmo sem qualquer ritmo de jogo, nunca deixou de ser o titular da seleção. Com o Parreira e com o Dunga.
E o Ronaldinho Gaúcho há 2 anos e meio se transformou num quase ex jogador. Nesse período, desde a última Copa do Mundo na Alemanha, foi banco no Barcelona e repete a dose agora no Milan.
Pra encerrar, apenas uma pergunta: Como é que dois jogadores que estão há quase 3 anos sem jogar nos seus respectivos clubes podem se manter titulares na seleção, e no setor mais importante do time, o meio de campo? Isso sem falar no Elano, que nesta última temporada, inteira, também é banco no Manchester City. Durma-se com um barulhos destes!
Com a palavra o nosso treineiro velho de guerra!
|